One
Mesmo depois de ouvir infindáveis versões ao vivo, com as devidas variações, acrescentos, improvisos, medleys, a versão, a melhor versão, é mesmo a de estúdio. Volta-se sempre ao mesmo, mas os significados são sempre diferentes. A bateria entra a marcar o compasso e aparece Berlim, o conturbado início dos anos 90, o desnorte, a raiva, a desagregação e a solidão dentro da aldeia global. Tem discussões, hats vs. heads, amores desavindos, SIDA, pais autoritários, filhos abandonados, sexo oral, e a voz do Bono, já a abraçar a decadência, mas cheia do espírito dos U2: o soul, a vontade de criar uma ligação forte entre a música e aqueles que a ouvem. É mesmo, passe o cliché, A canção dos anos 90.
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