Collateral
A imagem tem grão, a câmara problemas de estabilidade, os actores caem, tropeçam, às vezes não acertam à primeira, falam como gente que existe, o Tom Cruise não tem tiques de Tom Cruise. Gosto de realizadores que não têm medo de um grande plano, de usar as teleobjectivas para aquilo que foram feitas: encher o ecrã com a cara do actor, ir para lá daquela polidez fastidiosa que muitas vezes mancha os filmes de Hollywood. Michael Mann não tem medo, Jamie Foxx e Tom Cruise muito menos, com este último a (re)confirmar que não anda nisto do cinema em piloto automático. Ok ok, é só um filme de acção, mas também é cinema - e do bom.
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