Duas coisas
que valem a pena, hoje no Público:
1 - Miguel Sousa Tavares em Esta Gente - (...)A miséria, as desigualdades, o analfabetismo, não explicam tudo e não legitimam nada. Não é o regresso da PIDE ou da ditadura que nos falta ou que iria melhorar o que quer que fosse. O que nos faz falta é a reconstrução de uma elite, que tenha valores, que seja capaz de se bater por eles e que dê o exemplo. Eis uma coisa que a esquerda, amarrada ao Corão marxista-leninista, nunca percebeu. E que a direita transformou no triunfo do dinheiro e da hipocrisia. A morte das elites sempre serviu a emergência dos medíocres. Hoje, serve o "tempo novo", em que triunfa o oportunismo, a boçalidade e a venalidade.(...)
e
2- Eduardo Prado Coelho com O Quiosque e o Telemóvel - (...)Ao meu lado, na mesa do canto, chega uma rapariga de óculos escuros, tatuagem no tornozelo, sandálias presas entre os dedos dos pés. Vem carregada com dois livros pesadíssimos, desses que não cabem nas estantes e têm formato de manuais enciclopédicos: lido o calhamaço, está tudo lido. Um deles, segundo me apercebi, era em inglês e tinha a ver com química. Pousou os livros sobre a mesa claudicante, e pediu uma coca-cola.(...)
1 - Miguel Sousa Tavares em Esta Gente - (...)A miséria, as desigualdades, o analfabetismo, não explicam tudo e não legitimam nada. Não é o regresso da PIDE ou da ditadura que nos falta ou que iria melhorar o que quer que fosse. O que nos faz falta é a reconstrução de uma elite, que tenha valores, que seja capaz de se bater por eles e que dê o exemplo. Eis uma coisa que a esquerda, amarrada ao Corão marxista-leninista, nunca percebeu. E que a direita transformou no triunfo do dinheiro e da hipocrisia. A morte das elites sempre serviu a emergência dos medíocres. Hoje, serve o "tempo novo", em que triunfa o oportunismo, a boçalidade e a venalidade.(...)
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2- Eduardo Prado Coelho com O Quiosque e o Telemóvel - (...)Ao meu lado, na mesa do canto, chega uma rapariga de óculos escuros, tatuagem no tornozelo, sandálias presas entre os dedos dos pés. Vem carregada com dois livros pesadíssimos, desses que não cabem nas estantes e têm formato de manuais enciclopédicos: lido o calhamaço, está tudo lido. Um deles, segundo me apercebi, era em inglês e tinha a ver com química. Pousou os livros sobre a mesa claudicante, e pediu uma coca-cola.(...)
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