A ressaca
«Tonight we are having a US election party».
Na noite/madrugada das eleições, já não me lembro em que canal, um «especialista» afiançava a hipótese de Bush fazer um segundo mandato menos agressivo, confirmando-se que os EUA são um país fracturado. Meu caro amigo especialista: Bush volta num segundo mandato, não poderá concorrer a um terceiro, arrebatou (pelo menos desta vez) a maioria dos votos populares; Bush viu a sua forma de fazer política legitimada pelo povo americano. Se juntarmos a isso a perigosa onda crescente, de um tipo de cristianismo messânico que ainda não consigo perceber muito bem, na Casa Branca americana, continuamos com razão para estar preocupados.
Sobre os resultados e implicações políticas já tem sido tudo dito, analisado e repescado, por essa imprensa e blogosfera fora. Mas há coisas que me incomodam, e não têm nada a ver com o facto dos EUA poderem a vir atrasar a retoma mundial, ou a China continuar a comprar défice americano a retalho. Incomoda-me a direita cretina, para utilizar a expressão de um vecchio amico, que olha para a política como se de um desporto se tratasse. A direita cretina não sabe construir um argumento com Armas de Destruição Maciça e Inexistência de Provas na mesma frase. A direita cretina acredita piamente em qualquer ideologia que use a palavra «conservador». Essa que festeja a vitória de Bush como se fosse sua. Que força uma qualquer afinidade com o pensamento de um homem que vê o mundo através de uma América profunda, muitas vezes escondida sobre as imagens feitas que todos temos dos Estados Unidos, e, sobretudo, muito pouco conhecida.
Existe também a esquerda cretina. Essa esquerda que teimou em subestimar George W. Bush durante estes quatro anos, que escolheu caricaturizar o presidente norte-americano, em vez de o levar a sério. E o que se passa na Casa Branca com George Bush tem de ser levado muito a sério. A esquerda que gosta de encher a boca e proclamar que «os americanos são todos estúpidos». Essa esquerda que, lá no fundo, está reconfortada por continuar a ter alguém em quem culpar tudo o que correr mal nos próximos quatro anos. Até o declínio do F.C. Porto.
Na noite/madrugada das eleições, já não me lembro em que canal, um «especialista» afiançava a hipótese de Bush fazer um segundo mandato menos agressivo, confirmando-se que os EUA são um país fracturado. Meu caro amigo especialista: Bush volta num segundo mandato, não poderá concorrer a um terceiro, arrebatou (pelo menos desta vez) a maioria dos votos populares; Bush viu a sua forma de fazer política legitimada pelo povo americano. Se juntarmos a isso a perigosa onda crescente, de um tipo de cristianismo messânico que ainda não consigo perceber muito bem, na Casa Branca americana, continuamos com razão para estar preocupados.
Sobre os resultados e implicações políticas já tem sido tudo dito, analisado e repescado, por essa imprensa e blogosfera fora. Mas há coisas que me incomodam, e não têm nada a ver com o facto dos EUA poderem a vir atrasar a retoma mundial, ou a China continuar a comprar défice americano a retalho. Incomoda-me a direita cretina, para utilizar a expressão de um vecchio amico, que olha para a política como se de um desporto se tratasse. A direita cretina não sabe construir um argumento com Armas de Destruição Maciça e Inexistência de Provas na mesma frase. A direita cretina acredita piamente em qualquer ideologia que use a palavra «conservador». Essa que festeja a vitória de Bush como se fosse sua. Que força uma qualquer afinidade com o pensamento de um homem que vê o mundo através de uma América profunda, muitas vezes escondida sobre as imagens feitas que todos temos dos Estados Unidos, e, sobretudo, muito pouco conhecida.
Existe também a esquerda cretina. Essa esquerda que teimou em subestimar George W. Bush durante estes quatro anos, que escolheu caricaturizar o presidente norte-americano, em vez de o levar a sério. E o que se passa na Casa Branca com George Bush tem de ser levado muito a sério. A esquerda que gosta de encher a boca e proclamar que «os americanos são todos estúpidos». Essa esquerda que, lá no fundo, está reconfortada por continuar a ter alguém em quem culpar tudo o que correr mal nos próximos quatro anos. Até o declínio do F.C. Porto.
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