quinta-feira, novembro 18, 2004

Vieira da Silva

Exposição «Vieira da Silva nas Colecções Internacionais», na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, até 30 de Janeiro. Se eu tivesse conhecimentos substanciais de pintura até vos falava na fragmentação da quintessência, da contenção/explosão dos traços, da multidimensionalidade da representação e na exploração do intrínseco. Mas como não tenho, e porque pior do uma obra falhada só mesmo um discurso proto-académico sobre arte, digo-vos: «vão lá».

É já ali na Praça das Amoreiras. Isso... perto do pátio Bagatela e daquela cantina barulhenta a que chamam Caruso.
Querem uns desenhos?




«Precisamos de acreditar na certeza. Mas habituei-me a acreditar que não há nada estável, que tudo muda continuamente. (...) Não se sabe, nunca se sabe. (...) É a incerteza que é a minha certeza. O mundo muda. Os olhos mudam. (...) Tudo é tão subtil! Por vezes, pelo caminho da arte sinto iluminações súbitas mas fugazes e sinto então, passageiramente uma confiança total, fora do domínio da razão. (...) Na minha pintura, vê-se essa incerteza, esse labirinto terrível. É o meu céu, esse labirinto, mas talvez que no meio desse labirinto encontraremos uma certeza pequenina. (...) Creio que o que se pinta não se vê. É aí, no nosso corpo todo que isso se passa, e na nossa mão evidentemente.»

Maria Helena Vieira da Silva, citada na mAGAZINE Artes, que, por sua vez, revela uma incapacidade bizarra na identificação das fontes textuais (que diria São J.W.?!).
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