Bring it on
2004 foi um ano de viragem. De fins, de inícios, de humildade. Não aquela humildade no sentido pio, ou de comiseração, quando se diz que alguém (geralmente a empregada doméstica velhinha e eficiente) «é uma pessoa muito boazinha, muito humilde». Falava da humildade socrática (Platão tinha um tipo de amor, Sócrates ficou-se pela humildade), no sentido de perceber que, precisamente depois do curso universitário, agora é que nos deparamos ainda com uma maior imensidão de coisas para aprender, apreender, pensar.
Quase diria que a universidade não nos prepara para o mundo; quanto muito acaba por abrir um mundo inteiro de possibilidades. Como a possibilidade de nos permitir escrever uma frase do género da anterior e ficar agoniados, tendo de ir vomitar bocadinhos de ponto e vírgula - incrustados em «mundos inteiros de possibilidades» - pela janela. Ou a possibilidade de escrever textos na terceira pessoa, quando nos referimos a nós próprios. A mim próprio. A eles próprio. Argh. Vocês perceberam. E isto é tudo um bocado para o assustador, sim (ter de pensar em pensar assusta), mas entusiasmante.
Desculpem lá este desabafo da humildade. Sei que seria bem mais interessante falar de inícios e fins, mas agora já não temos tempo. Entretanto, parece que vem aí um ano muito interessante. We'll keep you posted.
A todos um óptimo ano novo.
«The Fuhrer does not say Achtung Baby!».
Quase diria que a universidade não nos prepara para o mundo; quanto muito acaba por abrir um mundo inteiro de possibilidades. Como a possibilidade de nos permitir escrever uma frase do género da anterior e ficar agoniados, tendo de ir vomitar bocadinhos de ponto e vírgula - incrustados em «mundos inteiros de possibilidades» - pela janela. Ou a possibilidade de escrever textos na terceira pessoa, quando nos referimos a nós próprios. A mim próprio. A eles próprio. Argh. Vocês perceberam. E isto é tudo um bocado para o assustador, sim (ter de pensar em pensar assusta), mas entusiasmante.
Desculpem lá este desabafo da humildade. Sei que seria bem mais interessante falar de inícios e fins, mas agora já não temos tempo. Entretanto, parece que vem aí um ano muito interessante. We'll keep you posted.
A todos um óptimo ano novo.
«The Fuhrer does not say Achtung Baby!».
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