quarta-feira, dezembro 01, 2004

The missing link?

Quando era puto lembro-me de fantasiar com comida. Lembro-me de imaginar que podia comer tudo o que quisesse, quando quisesse, das maneiras que quisesse, sem haver qualquer tipo de consequência ou culpa. Claro que também há as fantasias lúdicas, ou as brincadeiras de armário com as amigas ou primas mais atrevidotas, mas pode ser que me apeteça falar nisso noutra altura. Agora não.

Depois veio a adolescência e a comida deu lugar ao sexo.
(Aliás, de certo modo, a entrega despreendida aos prazeres da gula parece que se transforma numa espécie de empecilho à realização sexual plena. O que é uma ideia completamente rídicula, assim como a adolescência é uma idade ridícula).
Na realidade a diferença nem é muito grande, já que se continua a fantasiar que se pode comer tudo que se quiser, quando se quiser, das maneiras que se quiser, sem haver qualquer tipo de consequência ou culpa.

A explicação estará nas hormonas, na genética, no buço, etc, mas não é isso que me interessa. Interessa-me aquele primeiro momento no estágio evolutivo. A passagem de um estado ao outro. Quando, finalmente, o nosso subconsciente é tomado de assalto por um frenesim de luxúria. Se esta não foi a principal protagonista do primeiro sonho «daqueles», é certamente a mais antiga de que me lembro. Cá está, o elo perdido:

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