«Eu nem ligo muito à passagem do ano...»
Diziam certas e determinadas pessoas. Passadas algumas horas era vê-las a correrem esbaforidas pelas ruas de Sagres, segurando garrafas de champagne que onanizavam sem qualquer tipo de pejo.
E pronto pá, lá foi mais uma. O importante é perceber que não tem de ser A FESTA do ano, lá porque é a última. Não se pode criar expectativas muito grandes. O importante é perceber que existe a séria possibilidade da noite de 30 para 31 ser bem mais divertida. O importante é perceber que vai haver uma quantidade anormal de gente abraçada e que, por momentos, pode parecer que estamos a assistir àquele ritual bizarro da missa, em que estranhos saltam 6 filas de cadeiras para nos virem dar um grande bacalhau. Mas é tudo numa boa, porque temos é de aproveitar. Aproveitar casas sobrelotadas, discussões e organizações de quartos e acordar com a cara gelada e o fecho do saco-cama encravado. Aproveitar pneus que saltam para fora do carro a 150 km por hora, e o belo fogo de artíficio de fagulhas que se forma. Aproveitar maníacas da ecologia que estilhaçam garrafas de champagne nas próprias mãos. Aproveitar Puff, the Magic Pakistanese Dragon. Aproveitar encontrar as amigas dela, fugir das amigas da outra, falar às amigas delas, ficar sem conversa com as amigas daquela e, invariavelmente, acabar a noite à procura de alguma ou, pelo menos, das amigas delas.
Como se diria em certos círculos de Lisboa: «foi um pagode!».
Como se diria em certos círculos do Porto: «foi uma risota!».
E como alguém escrevia numa das trezentas mensagens que se recebem durante a passagem do ano: «Tchintchim... FELIZ 2005!»
Não detestam quando isto acontece?
E pronto pá, lá foi mais uma. O importante é perceber que não tem de ser A FESTA do ano, lá porque é a última. Não se pode criar expectativas muito grandes. O importante é perceber que existe a séria possibilidade da noite de 30 para 31 ser bem mais divertida. O importante é perceber que vai haver uma quantidade anormal de gente abraçada e que, por momentos, pode parecer que estamos a assistir àquele ritual bizarro da missa, em que estranhos saltam 6 filas de cadeiras para nos virem dar um grande bacalhau. Mas é tudo numa boa, porque temos é de aproveitar. Aproveitar casas sobrelotadas, discussões e organizações de quartos e acordar com a cara gelada e o fecho do saco-cama encravado. Aproveitar pneus que saltam para fora do carro a 150 km por hora, e o belo fogo de artíficio de fagulhas que se forma. Aproveitar maníacas da ecologia que estilhaçam garrafas de champagne nas próprias mãos. Aproveitar Puff, the Magic Pakistanese Dragon. Aproveitar encontrar as amigas dela, fugir das amigas da outra, falar às amigas delas, ficar sem conversa com as amigas daquela e, invariavelmente, acabar a noite à procura de alguma ou, pelo menos, das amigas delas.
Como se diria em certos círculos de Lisboa: «foi um pagode!».
Como se diria em certos círculos do Porto: «foi uma risota!».
E como alguém escrevia numa das trezentas mensagens que se recebem durante a passagem do ano: «Tchintchim... FELIZ 2005!»
Não detestam quando isto acontece?
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