sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Muito Bom, mas...


...atenção que pôr umas batidas sincopadas, uns sons foleiros de passarada e ondas do mar, enquanto se tiram do saco uns acordes com sextas e diminutas, não atira um conjunto de canções francamente boas para a categoria de Bossa Nova*.

E não é preciso, o disco é francamente interessante - embora com um dispensável sotaque francês -, grandes versões de grandes clássicos do punk, post-punk e early eighties scene. Eleva-se da mediocridade do "põe-lhe uma batida por trás e anda brincar com o pro tools, a malta da nova new age vai adorar".

E, já agora, quando o João Gilberto resolvia gravar clássicos ingleses, por que é que ninguém lhe dava com o violão na cabeça, e dizia: "ah João deixa lá essa puta dessa frescura e toca a Fotografia do Tom".

*embora, verdade seja dita, já há muito tempo que a categoria Bossa Nova declarou a abertura do ânus à sodomia em massa dos medíocres; o que não acontece neste disco.
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