quick stop notes
* Rushmore, The Royal Tenenbaums, The Life Aquatic; a filmografia de Wes Anderson (sem contar com Bottle Rocket, que nao conheco) e' um daqueles bonitos percursos que nos fazem acreditar na nova geracao dos realizadores americanos. Estetica impecavel, personagens 'fora' mas com que chegam ca' dentro, exploracao confiante dos proprios auto-limites da narrativa e do estilo. Ele vai acabar por nao acertar, eventualmente, mas ca' estaremos para futuras recriminacoes.
* Lembro-me perfeitamente da primeira vez que ouvi falar de Jaco Pastorius. Jaco Pastorius e' um daqueles nomes que enche a boca ate' do apreciador de jazz mais cinico. Nao ha coisas menores de Pastorius, ou pelo menos ninguem fala delas. Jaco e' das poucas divindades musicais dignas do cliche'. Ao contrario de muitos sacanas so' agora e' que tive a infelicidade de ser atropelado por 'Jaco Pastorius' de Jaco Pastorius, o primeiro trabalho a solo de Jaco Pastorius. Na terra ficaram uns concertos, umas coisas dos Weather Report, e some of the late stuff. Mas com 'Jaco Pastorius' de Jaco Pastorius nao e' preciso mais. Talvez um anti-depressivo.
* E por falar em anti-depressivo, Confederacy of Dunces e' dos livros mais hilariantemente depressivos que tenho lido. Acho que ja' ha' uma traducao portuguesa, o que tambem e' depressivo. E nao e' depressivo porque o autor, atraves do humor, nos tenta fazer ver o ridiculo da vida, o caricacturizacao de todos os estereotipos que achamos que contestam, alinham, ou equilibram a nossa sociedade. Nao, nada dessas merdas. E' hilariantemente depressivo porque: 1 - e' hilariante, bem escrito, a momentos brilhante; e porque 2 - o autor, ainda antes do mundo perceber se ele era um genio ou nao, decidiu enfiar um tubo de escape pela boca (ou qualquer coisa do genero) e morrer de indigestao de monoxido de carbono. Se tivessemos tido John Kennedy O'Toole por mais tempo, ate' Joseph Heller teria provavelmente escrito um Closing Time mais entusiasmante.
* Bagel? Beiguel? Parece-me pao. Beiguel com salmao? Parece-me estupido.
* As pessoas que se indignam com os Oscares sao estranhas e sofrem de disfuncoes sexuais.
* As pessoas que se indignam com a fast food cheiram estranho e sao presa facil de pessoas sexualmente disfuncionais.
* Qualquer pessoa que se indigne, que reclame o direito a' indignacao, que reclame o direito a uma morte digna, ou que apele a' dignidade, deve ser evitada a qualquer custo. Em casos mais extremos esbofeteada por uma economista mongol bipolar, especialista em tentar sabotar ambientes sociais e rasgar ementas de restaurantes.
* E por falar em economistas, fiquei feliz por saber que finalmente surgiu alguem como o Ricardo Araujo Pereira para abordar um dos mais interessantes estudos de caso da nossa sociedade: Joao Cesar das Neves. Confesso que as capacidades afrodisiacas do eminente professor me tinham passado relativamente despercebidas, mas alguem que dedica uma manual de economia a Nossa Senhora Imaculada Rainha de Portugal ha' 300 anos, esta' mesmo a pedi-las.
*Acentos e links ficam para amanha.
* Lembro-me perfeitamente da primeira vez que ouvi falar de Jaco Pastorius. Jaco Pastorius e' um daqueles nomes que enche a boca ate' do apreciador de jazz mais cinico. Nao ha coisas menores de Pastorius, ou pelo menos ninguem fala delas. Jaco e' das poucas divindades musicais dignas do cliche'. Ao contrario de muitos sacanas so' agora e' que tive a infelicidade de ser atropelado por 'Jaco Pastorius' de Jaco Pastorius, o primeiro trabalho a solo de Jaco Pastorius. Na terra ficaram uns concertos, umas coisas dos Weather Report, e some of the late stuff. Mas com 'Jaco Pastorius' de Jaco Pastorius nao e' preciso mais. Talvez um anti-depressivo.
* E por falar em anti-depressivo, Confederacy of Dunces e' dos livros mais hilariantemente depressivos que tenho lido. Acho que ja' ha' uma traducao portuguesa, o que tambem e' depressivo. E nao e' depressivo porque o autor, atraves do humor, nos tenta fazer ver o ridiculo da vida, o caricacturizacao de todos os estereotipos que achamos que contestam, alinham, ou equilibram a nossa sociedade. Nao, nada dessas merdas. E' hilariantemente depressivo porque: 1 - e' hilariante, bem escrito, a momentos brilhante; e porque 2 - o autor, ainda antes do mundo perceber se ele era um genio ou nao, decidiu enfiar um tubo de escape pela boca (ou qualquer coisa do genero) e morrer de indigestao de monoxido de carbono. Se tivessemos tido John Kennedy O'Toole por mais tempo, ate' Joseph Heller teria provavelmente escrito um Closing Time mais entusiasmante.
* Bagel? Beiguel? Parece-me pao. Beiguel com salmao? Parece-me estupido.
* As pessoas que se indignam com os Oscares sao estranhas e sofrem de disfuncoes sexuais.
* As pessoas que se indignam com a fast food cheiram estranho e sao presa facil de pessoas sexualmente disfuncionais.
* Qualquer pessoa que se indigne, que reclame o direito a' indignacao, que reclame o direito a uma morte digna, ou que apele a' dignidade, deve ser evitada a qualquer custo. Em casos mais extremos esbofeteada por uma economista mongol bipolar, especialista em tentar sabotar ambientes sociais e rasgar ementas de restaurantes.
* E por falar em economistas, fiquei feliz por saber que finalmente surgiu alguem como o Ricardo Araujo Pereira para abordar um dos mais interessantes estudos de caso da nossa sociedade: Joao Cesar das Neves. Confesso que as capacidades afrodisiacas do eminente professor me tinham passado relativamente despercebidas, mas alguem que dedica uma manual de economia a Nossa Senhora Imaculada Rainha de Portugal ha' 300 anos, esta' mesmo a pedi-las.
*Acentos e links ficam para amanha.
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