Sobre este blogue (resposta a um e-mail de um leitor)
Coisa rara por estes lados, chega um e-mail à caixa do correio de um leitor casual (é raro chegarem e-mails, não leitores casuais que, desconfio, são a maioria), levantando algumas questões interessantes sobre o post aí em baixo - aquele da Ideia Divina, seratonina e moléculas religiosas - e a própria natureza do blogue.
Espero não estar a entrar em qualquer tipo de descortesia, ou brecha de bloguetiqueta reproduzindo alguns trechos da missiva electrónica, que me parecem relevantes para discutir aqui, já que o remetente (identificado) ainda que crítico e discordante, pautou-se por grande correcção.
Sobre o blogue, escreveu que «me pareceu interessante do ponto de vista dos conteúdos, mas menos 'consolidado' do ponto de vista de linha editorial».
O blogue não tem, de facto, uma linha editorial. Poder-se-à, talvez, falar em várias linhas, sejam intersecções, paralelas, tangentes, perpendiculares, enfim, alguns falariam em espuma dos dias, mas já não há paciência para essa expressão. Em bom português será algo como: escrevo o que me dá na mona.
Não há um target, não procura mercados novos, velhos ou segmentados. Não entra em desvario de lincagem, deslincagem, comentários alheios, etc, porque não foi para isso que foi feito. Por vezes será humorístico (ou tenta), introspectivo, diarístico, repositário de outros, ensaístico, político, musical, na maior parte das vezes não será nada de especial, mas segue sempre uma agenda pessoal - que acontece - não é estabelecida.
É um blogue consciente da sua audiência (ainda que reduzida), como o são todos, e que abraça a sua exposição; porque são essas duas componentes que alicerçam (mas não limitam) a sua razão teleológica: obrigar a escrever, assinalar o relevante e o irrelevante no quotidiano subjectivo e, ocasionalmente, usando uma expressão que li uma vez num blogue qualquer - «ensaiar a gravitas».
Espero não estar a entrar em qualquer tipo de descortesia, ou brecha de bloguetiqueta reproduzindo alguns trechos da missiva electrónica, que me parecem relevantes para discutir aqui, já que o remetente (identificado) ainda que crítico e discordante, pautou-se por grande correcção.
Sobre o blogue, escreveu que «me pareceu interessante do ponto de vista dos conteúdos, mas menos 'consolidado' do ponto de vista de linha editorial».
O blogue não tem, de facto, uma linha editorial. Poder-se-à, talvez, falar em várias linhas, sejam intersecções, paralelas, tangentes, perpendiculares, enfim, alguns falariam em espuma dos dias, mas já não há paciência para essa expressão. Em bom português será algo como: escrevo o que me dá na mona.
Não há um target, não procura mercados novos, velhos ou segmentados. Não entra em desvario de lincagem, deslincagem, comentários alheios, etc, porque não foi para isso que foi feito. Por vezes será humorístico (ou tenta), introspectivo, diarístico, repositário de outros, ensaístico, político, musical, na maior parte das vezes não será nada de especial, mas segue sempre uma agenda pessoal - que acontece - não é estabelecida.
É um blogue consciente da sua audiência (ainda que reduzida), como o são todos, e que abraça a sua exposição; porque são essas duas componentes que alicerçam (mas não limitam) a sua razão teleológica: obrigar a escrever, assinalar o relevante e o irrelevante no quotidiano subjectivo e, ocasionalmente, usando uma expressão que li uma vez num blogue qualquer - «ensaiar a gravitas».
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