Ponha um pouco de drama na sua vida
Há pessoas não percebem bem a piada de viver. Levar-se muito a sério é uma das principais causas. Há tanta gente que se leva a sério, que leva tudo a sério, que fala em assuntos muito sérios. Claro que existem assuntos muito sérios, que devem ser discutidos de forma séria, mas quando falar deles tente não se levar muito a sério, ajuda.
Mas eu não quero falar sobre a seriedade, quero falar sobre o drama. Muitas vezes dizem-nos que não vale a pena dramatizar, que o drama é mau. São as pessoas «na boa». As pessoas «na boa» querem estar tranquilas, viver sem agitação. As intenções são salutares. Mas o problema das pessoas «na boa» é que são as que têm mais propensão a transformar-se em histéricas. E há poucos tipos de insectos mais irritantes do que pessoas histéricas.
É que o histerismo é diferente do drama. O drama assume-se, é grandioso - mesmo quando insignificante - como uma saga épica e majestoso como uma Balaenoptera musculus (baleia azul, ignorante). Só aceitando, e vivendo, o drama, é que se conquista qualquer que seja a causa que levou até esse mesmo drama. O histerismo não leva a lado nenhum.
O histerismo faz as pessoas gritarem despenteadas e não existe mais baixo nível de consideração do que aquele que alguém descabelado provoca em nós. Pode aprender-se muito com uma namorada dramática, por exemplo; com uma namorada histérica só se aprende a mentir e a revirar os olhos.
Assuma os seus dramas, escreva má poesia, insulte alguém com elegância - mas não seja apanhado desgrenhado e aos gritos.
Sempre, é claro, sem se levar muito a sério.
Em baixo, dois exemplos ilustrativos do que se escreveu:
À esquerda, Albert Dürer assume de forma magnífica um momento de drama.
À direita, Pietko Munch, primo de Edvard, num momento de puro histerismo (se não fosse careca estaria despenteado), depois de ter deixado cair o seu Patek Philippe nas águas do Danúbio.
Mas eu não quero falar sobre a seriedade, quero falar sobre o drama. Muitas vezes dizem-nos que não vale a pena dramatizar, que o drama é mau. São as pessoas «na boa». As pessoas «na boa» querem estar tranquilas, viver sem agitação. As intenções são salutares. Mas o problema das pessoas «na boa» é que são as que têm mais propensão a transformar-se em histéricas. E há poucos tipos de insectos mais irritantes do que pessoas histéricas.
É que o histerismo é diferente do drama. O drama assume-se, é grandioso - mesmo quando insignificante - como uma saga épica e majestoso como uma Balaenoptera musculus (baleia azul, ignorante). Só aceitando, e vivendo, o drama, é que se conquista qualquer que seja a causa que levou até esse mesmo drama. O histerismo não leva a lado nenhum.
O histerismo faz as pessoas gritarem despenteadas e não existe mais baixo nível de consideração do que aquele que alguém descabelado provoca em nós. Pode aprender-se muito com uma namorada dramática, por exemplo; com uma namorada histérica só se aprende a mentir e a revirar os olhos.
Assuma os seus dramas, escreva má poesia, insulte alguém com elegância - mas não seja apanhado desgrenhado e aos gritos.
Sempre, é claro, sem se levar muito a sério.
Em baixo, dois exemplos ilustrativos do que se escreveu:
À esquerda, Albert Dürer assume de forma magnífica um momento de drama.
À direita, Pietko Munch, primo de Edvard, num momento de puro histerismo (se não fosse careca estaria despenteado), depois de ter deixado cair o seu Patek Philippe nas águas do Danúbio.
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