O Grande Amor
O amor é fácil de entender ainda que de difícil definição. Mas um grande amor remete-nos para terrenos mais difusos. Como o orgasmo feminino. Há quem diga que o conhece bem, mas que se sente de maneiras diferentes. Há quem ache que o sente, para depois descobrir que estava enganado. Há quem diga que não existe.
Perseguir a ideia do grande amor pode transformar o maior dos apaixonados no mais incrível cínico, arrasar com os sonhos dos líricos e tornar a aventura da paixão na peregrinação mais desolada. Mas o maior derrotado é aquele que desiste da ideia.
A noção de «alma gémea» é um conceito romântico para parolos ou casais que se namoram desde os catorze anos de idade – o que vai dar ao mesmo. As «almas gémeas» encontram-se num acaso de que nunca mais saem, sob a ilusão confortável da predestinação. O grande amor procura-se, se necessário, ao longo de uma vida inteira. Também é possível viver mais do que um grande amor. Só é preciso coragem.
O grande amor não é puro. A pureza tem sido injustamente associada ao amor. Um grande amor é feito de sofrimento, de defeitos, de desilusões passadas, que só mesmo esse grande amor pode ultrapassar, e que dentro dele ficam tão pequeninas que se tornam insignificantes. É tão exterior a nós como interior. Não é uma entidade estranha que paira algures entre o mundo físico e o etéreo. É real e tão alcançável como o orgasmo feminino.
Um grande amor não tem de ser uma pessoa concreta e também não é um estado intangível ou abstracto. Parte de dentro de cada um e concretiza-se no outro, que o acresce e não necessariamente o completa. Substantiva-se em palavrões como respeito, verdade, compromisso e dedicação. Exige também esquecermo-nos que a paixão é um sentimento a prazo. Até ao resto das nossas vidas.
Só aceitando os limites do alcance da felicidade entre duas pessoas é que se está preparado para abraçar um grande amor. E só depois de se aceitar esses limites é que eles poderão ser conquistados e ultrapassados.
E, sobretudo, é preciso saber viver (e sofrer) o amor para encontrar aquele que será o maior deles todos. Aquele sem o qual a vida nunca mais poderá fazer sentido.
Perseguir a ideia do grande amor pode transformar o maior dos apaixonados no mais incrível cínico, arrasar com os sonhos dos líricos e tornar a aventura da paixão na peregrinação mais desolada. Mas o maior derrotado é aquele que desiste da ideia.
A noção de «alma gémea» é um conceito romântico para parolos ou casais que se namoram desde os catorze anos de idade – o que vai dar ao mesmo. As «almas gémeas» encontram-se num acaso de que nunca mais saem, sob a ilusão confortável da predestinação. O grande amor procura-se, se necessário, ao longo de uma vida inteira. Também é possível viver mais do que um grande amor. Só é preciso coragem.
O grande amor não é puro. A pureza tem sido injustamente associada ao amor. Um grande amor é feito de sofrimento, de defeitos, de desilusões passadas, que só mesmo esse grande amor pode ultrapassar, e que dentro dele ficam tão pequeninas que se tornam insignificantes. É tão exterior a nós como interior. Não é uma entidade estranha que paira algures entre o mundo físico e o etéreo. É real e tão alcançável como o orgasmo feminino.
Um grande amor não tem de ser uma pessoa concreta e também não é um estado intangível ou abstracto. Parte de dentro de cada um e concretiza-se no outro, que o acresce e não necessariamente o completa. Substantiva-se em palavrões como respeito, verdade, compromisso e dedicação. Exige também esquecermo-nos que a paixão é um sentimento a prazo. Até ao resto das nossas vidas.
Só aceitando os limites do alcance da felicidade entre duas pessoas é que se está preparado para abraçar um grande amor. E só depois de se aceitar esses limites é que eles poderão ser conquistados e ultrapassados.
E, sobretudo, é preciso saber viver (e sofrer) o amor para encontrar aquele que será o maior deles todos. Aquele sem o qual a vida nunca mais poderá fazer sentido.
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