Lord Ass does Almodóvar
Todo sobre mi madre es una buesta. Só vi hoje. Todo mundo é travesti, ou transa com travesti, ou acha no mínimo bacaninha. A única que não gosta de travesti é a mãe da freira, e Almodóvar escreveu BURGUESONA na testa dela com caneta piloto. Parece que ela fez plástica também, e falsifica Chagall, porque ela é bur-gue-so-na. (mais)
Curioso, comecei a pensar se gosto ou não de Almodóvar, passaram dez minutos e ainda não cheguei a nenhuma conclusão. Acho que vi uns seis filmes dele; nenhum deixa grandes memórias. Talvez a actriz do Habla con Ella, era bonita. Acho. Não me lembro bem, vou confirmar. Hmm, o filme tinha uma toureira? Ah, havia duas em coma. Esquece. Penélope Cruz, nem pensar. Sexualidade de mulher alguma resiste à cientologia de Tom Cruise. Não gosto de Almodóvar, mas também não odeio. Não é suposto, imagino, ele deveria ser daqueles realizadores "a que ninguém fica indiferente". Bom, eu fico.
Ah, e às tantas no mesmo post:
E, bom, tem cena de teatro demais. Eu vejo teatro num filme e fico embaraçado, imagina como eu fico no teatro de verdade.
Já há uns tempos que preparava mentalmente um post sobre o teatro. O Alexandre, em duas linhas, atingiu o mesmo efeito que eu procuraria no meio de dez linhas. Enfim. Falta de originalidade confessada, prosseguirei.
Há uns dias percebi que, afinal, é possível não gostar muito de teatro e manter um ar digno e inteligente. Não esquecer que, na grande maioria dos casos, os grandes amantes do teatro são actores de teatro, o que é revelador.
Claro que há boas peças de teatro e, sobretudo, bons textos em teatro. Mas depois há a questão dos monólogos. Quando um actor dá dois passos em direcção ao público e começa a falar sozinho, com o olhar posto no vazio, aí também não consigo de deixar de sentir o tal embaraço de que fala o Alexandre.
É como ter um tio demente que diz uma série de barbaridades à mesa de jantar - a pessoa sente-se embaraçada por ele que, coitado, perde momentaneamente a noção da figura que faz. E está lá o mesmo olhar vazio, a cabeça que pende ligeiramente para o lado, as flutuações de voz. A comparação ainda é mais feliz se levarmos em conta que tanto o actor como o tio se cospem compulsivamente, e ninguém parece ter coragem de chamar a atenção para isso.
Curioso, comecei a pensar se gosto ou não de Almodóvar, passaram dez minutos e ainda não cheguei a nenhuma conclusão. Acho que vi uns seis filmes dele; nenhum deixa grandes memórias. Talvez a actriz do Habla con Ella, era bonita. Acho. Não me lembro bem, vou confirmar. Hmm, o filme tinha uma toureira? Ah, havia duas em coma. Esquece. Penélope Cruz, nem pensar. Sexualidade de mulher alguma resiste à cientologia de Tom Cruise. Não gosto de Almodóvar, mas também não odeio. Não é suposto, imagino, ele deveria ser daqueles realizadores "a que ninguém fica indiferente". Bom, eu fico.
Ah, e às tantas no mesmo post:
E, bom, tem cena de teatro demais. Eu vejo teatro num filme e fico embaraçado, imagina como eu fico no teatro de verdade.
Já há uns tempos que preparava mentalmente um post sobre o teatro. O Alexandre, em duas linhas, atingiu o mesmo efeito que eu procuraria no meio de dez linhas. Enfim. Falta de originalidade confessada, prosseguirei.
Há uns dias percebi que, afinal, é possível não gostar muito de teatro e manter um ar digno e inteligente. Não esquecer que, na grande maioria dos casos, os grandes amantes do teatro são actores de teatro, o que é revelador.
Claro que há boas peças de teatro e, sobretudo, bons textos em teatro. Mas depois há a questão dos monólogos. Quando um actor dá dois passos em direcção ao público e começa a falar sozinho, com o olhar posto no vazio, aí também não consigo de deixar de sentir o tal embaraço de que fala o Alexandre.
É como ter um tio demente que diz uma série de barbaridades à mesa de jantar - a pessoa sente-se embaraçada por ele que, coitado, perde momentaneamente a noção da figura que faz. E está lá o mesmo olhar vazio, a cabeça que pende ligeiramente para o lado, as flutuações de voz. A comparação ainda é mais feliz se levarmos em conta que tanto o actor como o tio se cospem compulsivamente, e ninguém parece ter coragem de chamar a atenção para isso.
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