A Lua É Uma Meretriz Dos Diabos
É preciso ter cuidado quando se escreve sobre fumar um cigarro e olhar para a Lua. É preciso muito talento e, não me sentindo à altura, vou passar essa parte. Mas posso dizer que voltei da varanda com vontade de pôr esta música a tocar aqui.
The Moon Is A Harsh Mistress, numa versão que junta o Pat Metheny e o Charlie Haden em Beyond The Missouri Sky de 1997. Dois maníacos do jazz, sedados e rodeados num estúdio em Nova Iorque por instrumentos acústicos, memórias das paisagens do Missouri e vinte dedos que percorrem canções memoráveis (o tema de amor do Cinema Paradiso, por exemplo).
The Moon Is A Harsh Mistress é uma composição original de Jimmy Webb. Acho que o Joe Cocker tem uma versão lá para os anos setenta, que nunca ouvi. Aqui há uns meses encontrei uma cantada por uma tal Tomi Damli Aaberge. Depois disso decidi nunca mais ouvir esta música pela voz de ninguém. A seguir à Guitarra do Metheny e ao Contrabaixo do Haden não há Tomi que se possa aguentar. Não são necessárias palavras para perceber.
A tristeza do tema parece que vai evoluindo para um certo optimismo, ainda que melancólico, com os dois instrumentos a insistirem em parecer desencontrados. E depois há a particularidade de, no meio desta sensação de crescendo, a harmonia diatónica descer um meio-tom, e depois outro; embora não tenha bem a certeza se me faço entender ou se eu próprio percebo do que estou a falar.
Em 2003 ouvi-os a tocar o tema ao vivo num auditório em Roma. Não foi nada fácil.
The Moon Is A Harsh Mistress, numa versão que junta o Pat Metheny e o Charlie Haden em Beyond The Missouri Sky de 1997. Dois maníacos do jazz, sedados e rodeados num estúdio em Nova Iorque por instrumentos acústicos, memórias das paisagens do Missouri e vinte dedos que percorrem canções memoráveis (o tema de amor do Cinema Paradiso, por exemplo).
The Moon Is A Harsh Mistress é uma composição original de Jimmy Webb. Acho que o Joe Cocker tem uma versão lá para os anos setenta, que nunca ouvi. Aqui há uns meses encontrei uma cantada por uma tal Tomi Damli Aaberge. Depois disso decidi nunca mais ouvir esta música pela voz de ninguém. A seguir à Guitarra do Metheny e ao Contrabaixo do Haden não há Tomi que se possa aguentar. Não são necessárias palavras para perceber.
A tristeza do tema parece que vai evoluindo para um certo optimismo, ainda que melancólico, com os dois instrumentos a insistirem em parecer desencontrados. E depois há a particularidade de, no meio desta sensação de crescendo, a harmonia diatónica descer um meio-tom, e depois outro; embora não tenha bem a certeza se me faço entender ou se eu próprio percebo do que estou a falar.
Em 2003 ouvi-os a tocar o tema ao vivo num auditório em Roma. Não foi nada fácil.
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