Em defesa das porcas
Não sei o que é pior, se o hi5 ou o blogue hi5 porcas.
O hi5 é, já por si, aquilo que pode ser considerado um site-aborto. Um dos pontos geralmente apresentados em seu favor - reencontrar pessoas que já não se vêem há algum tempo - baseia-se logo num pressuposto erróneo. Que razão me levaria a querer reencontrar uma pessoa com que me deixei de dar socialmente? A resposta é óbvia: nenhuma. (por alguma razão as pessoas deixam de ser ver)
O site acaba por ser um local de exibicionismo umbiguista para fins sexuais, exactamente como um blogue, mas com menos roupa e sem aspirações literárias.
A ideia do hi5 porcas até é valorosa, expor o ridículo do hi5, mas a piada óbvia e o excesso de pontos de exclamação resvalam o blogue para o ressabianço e para a misoginia. Não gosto de misoginia nem de pontos de exclamação. (No entanto, sou fã da misantropia - um dos poucos casos em que defendo a igualdade entre os sexos)
Grande parte das mulheres que conheço acha imensa piada ao hi5 porcas - o que não é curioso nem surpreendente (está explicado pelos mecanismo genéticos que regem o sistema reprodutivo e os humores femininos), mas reconfortante porque nenhuma delas teve a sorte de ser considerada porca só porque pôs uma fotografia no hi5 em bikini que não foi tirada por Helmut Newton.
Mau por mau fico à espera de um hi5 Cretinos, candidatos não faltam, é só ver os comentários às fotografias de qualquer miúda gira no site. Gosto sobretudo daqueles que aparecem ao lado dos carros.
Para terminar, até a expressão "porcas" me parece excessiva. Não é maneira de tratar uma senhora, ainda que ela seja retardada.
Seria quase o mesmo que chamar porca à Christina Amphlett dos Divinyls (que também não creio ser retardada), por causa desse incrível hino ao amor-próprio que é a música I Touch Myself. Não consigo explicar como gosto desta canção, sobretudo da parte final em que a cantora geme e segue para o último refrão onde parece dizer «I touch byself», como se estivesse constipada; mas eu sei que é devido ao facto dela ter estado a chorar, porque na realidade o tema é sobre um amor-incondicional-pelo-outro :
I want you
I don´t want anybody else
Agora a tocar aí ao lado e dedicada a todas as mulheres que sabem que não são porcas.
O hi5 é, já por si, aquilo que pode ser considerado um site-aborto. Um dos pontos geralmente apresentados em seu favor - reencontrar pessoas que já não se vêem há algum tempo - baseia-se logo num pressuposto erróneo. Que razão me levaria a querer reencontrar uma pessoa com que me deixei de dar socialmente? A resposta é óbvia: nenhuma. (por alguma razão as pessoas deixam de ser ver)
O site acaba por ser um local de exibicionismo umbiguista para fins sexuais, exactamente como um blogue, mas com menos roupa e sem aspirações literárias.
A ideia do hi5 porcas até é valorosa, expor o ridículo do hi5, mas a piada óbvia e o excesso de pontos de exclamação resvalam o blogue para o ressabianço e para a misoginia. Não gosto de misoginia nem de pontos de exclamação. (No entanto, sou fã da misantropia - um dos poucos casos em que defendo a igualdade entre os sexos)
Grande parte das mulheres que conheço acha imensa piada ao hi5 porcas - o que não é curioso nem surpreendente (está explicado pelos mecanismo genéticos que regem o sistema reprodutivo e os humores femininos), mas reconfortante porque nenhuma delas teve a sorte de ser considerada porca só porque pôs uma fotografia no hi5 em bikini que não foi tirada por Helmut Newton.
Mau por mau fico à espera de um hi5 Cretinos, candidatos não faltam, é só ver os comentários às fotografias de qualquer miúda gira no site. Gosto sobretudo daqueles que aparecem ao lado dos carros.
Para terminar, até a expressão "porcas" me parece excessiva. Não é maneira de tratar uma senhora, ainda que ela seja retardada.
Seria quase o mesmo que chamar porca à Christina Amphlett dos Divinyls (que também não creio ser retardada), por causa desse incrível hino ao amor-próprio que é a música I Touch Myself. Não consigo explicar como gosto desta canção, sobretudo da parte final em que a cantora geme e segue para o último refrão onde parece dizer «I touch byself», como se estivesse constipada; mas eu sei que é devido ao facto dela ter estado a chorar, porque na realidade o tema é sobre um amor-incondicional-pelo-outro :
I want you
I don´t want anybody else
Agora a tocar aí ao lado e dedicada a todas as mulheres que sabem que não são porcas.
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