Eternidade Binária
Escrever no blogue nunca foi um vício. Depois de três anos e poucos meses nisto, não partilho das sensações evocadas por outros bloguistas que surgem da rememoração do entusiasmo febril de início de actividade. Escrever no blogue também nunca foi uma obrigação, mas tenho dificuldade em assumi-lo como um prazer. Talvez seja uma necessidade, mas não no sentido utilitário do termo, já que este blogue é claramente inútil. Nunca consegui manter diários ou blocos de anotações, mas já vou no segundo blogue e guardo várias mensagens sms em rascunho, que surgem em função do blogue mas raramente para o blogue.
O blogue surge como um espaço de escrita subjectiva, mascarada numa teleologia objectivamente umbiguista, mas que é sobretudo voltada para um público e para um exterior. Por vezes também dá um sentido a pequenos acontecimentos do quotidiano (e fora dele), que se tornam em pontos de partida ou becos sem saída para a ideia post.
É escrever como a mais directa forma de comunicação, poderosamente ambígua e velada ou aspirante e fracassada. A sua presença é exigente, ainda que compreensiva. Não é um quadro de recados, mas sim um quadro de sentidos, onde, algumas vezes, se regista a mediocridade elevada à eternidade binária. Outras vezes até que tem piada.
O blogue surge como um espaço de escrita subjectiva, mascarada numa teleologia objectivamente umbiguista, mas que é sobretudo voltada para um público e para um exterior. Por vezes também dá um sentido a pequenos acontecimentos do quotidiano (e fora dele), que se tornam em pontos de partida ou becos sem saída para a ideia post.
É escrever como a mais directa forma de comunicação, poderosamente ambígua e velada ou aspirante e fracassada. A sua presença é exigente, ainda que compreensiva. Não é um quadro de recados, mas sim um quadro de sentidos, onde, algumas vezes, se regista a mediocridade elevada à eternidade binária. Outras vezes até que tem piada.
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