Billy Crystal was full of shit
Almoço com uma ex-namorada. Palavras sentidas de circustância, o que tens feito, como é que estás, quando é o casamento, dão lugar a uma discussão acesa sobre o determinismo biológico e cultural nas diferenças de género. Genética, antropologia, evolução, calças à boca de sino, os dois lados atiram argumentos fundamentados entrelaçados com lógica superficial e tentam fugir a argumentos superficiais e lógica fundamentada. Os ânimos entusiasmam-se, as vozes levantam-se, alguns clientes olham de lado, os empregados parecem desconfortáveis. Chega-se a armadilhas de retórica e pontos de vista aparentemente irreconciliáveis, no entanto a frustração de outros tempos dá lugar a um riso cúmplice, a descontracção. A discussão que não precisa de conclusões, não tem intenções e, sobretudo, tensões. No final, o que tens feito, tudo bem com ele, quando é que te mudas, dois cafés, quatro cigarros, a conta, obrigado e até à próxima.
Os homens e as mulheres podem ser só amigos.
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