terça-feira, setembro 18, 2007

Por falar em IKEA

O IKEA, que ainda não percebi se se pronuncia Iqueia, I-quê-à ou Áikia, é a prova que o fascismo espreita no extremo de qualquer democracia. O conceito da mobília, decoração e design a preços acessíveis e democráticos rapidamente dá lugar a uma sociedade opressora povoada por hordas de gente pouco agradável com quem, em condições normais, não seríamos obrigados a partilhar o mesmo tecto.

Atendidos por um punhado de funcionários burocratas e pouco prestáveis, que não podem fazer qualquer tipo de esforço físico (dizem-nos apenas se o artigo está esgotado ou há em self-service), somos obrigados a decorar referências sem sentido numa língua estranha, a escolher o tipo de puxadores que queremos para as portas de um armário ou a ter de optar entre chapa de bétula e imitação de carvalho para o Stïrrrrklklsadasdlkkup (que acabaremos por descobir que está esgotado).

Cheguei a esta conclusão em conjunto com a minha mãe que, na cantina do sítio, sumarizou toda esta questão com esta tirada genial: "Se fossemos conquistados por um país opressor e tirânico o meu pior pesadelo seria uma existência diária deste tipo. Horas e horas de sofrimento em filas e locais de passagem estreitos cheios de pessoas com mau aspecto, ter de andar por armazéns a acartar volumes e no fim montar a nossa própria cama. Todos os dias. Preferia que me dessem um tiro na cabeça."
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