Tenho vários posts em draft, mas hoje era sobre isto que me apetecia falar, até porque amanhã tenho de ir ao IKEA (Slow Show - The National) ♪
Sigo sempre com interesse as referências musicais do Estado Civil que, embora às vezes me passem ao lado, em termos melódicos, garantem quase sempre uma melancolia auto-depreciativa letrada e romântica que vale a pena investigar.
Boxer, dos The National, acaba por se tornar um dos meus álbuns preferidos de 2007. Mesmo que não tenha vocação para sofrer como animal num espeto, talvez por não ser um geniozinho e por outras razões hormonais, gosto dos tormentos barítonos de Matt Berninger com a vida e os amores. Gosto também das guitarras, dos arranjos e, sobretudo, das mulheres do álbum. Boxer só acaba por não ser consistente na intensidade, mesmo que o seja na qualidade, mas há limites para o que um homem deve aguentar.
Slow Show, como a grande maioria das músicas do álbum, pode ter várias leituras. Uma delas, decerto a mais superficial, é sobre alguém cansado da estupidez em geral e em particular. Há ainda algo sobre as dificuldades de comunicação com os outros e com aqueles que amamos, e também sobre uma relação que é simultaneamente uma ligação intíma com alguém e algo que nos liga ao mundo. Assim como o medo de perder a tal ligação e o quão assustador pode ser estarmos presos (por um fio?) a esta.
Gosto desta questão da relação / ligação, e vou continuar a gostar mesmo que alguém me prove não tenha nada a ver com esta música.
Já agora, os versos que dizem You know I dreamed about you / for twenty-nine years before I saw you poderiam muito bem ser a melhor parte da canção, não fosse o infortúnio de:
a) eu ainda não ter 29 anos
b) haver estes:
I wanna hurry home to you / put on a slow, dumb show for you / and crack you up / so you can put a blue ribbon on my brain / god I’m very, very frightened / I’ll overdo it
A versão que toca aí ao lado foi gravada nas White Sessions.
Boxer, dos The National, acaba por se tornar um dos meus álbuns preferidos de 2007. Mesmo que não tenha vocação para sofrer como animal num espeto, talvez por não ser um geniozinho e por outras razões hormonais, gosto dos tormentos barítonos de Matt Berninger com a vida e os amores. Gosto também das guitarras, dos arranjos e, sobretudo, das mulheres do álbum. Boxer só acaba por não ser consistente na intensidade, mesmo que o seja na qualidade, mas há limites para o que um homem deve aguentar.
Slow Show, como a grande maioria das músicas do álbum, pode ter várias leituras. Uma delas, decerto a mais superficial, é sobre alguém cansado da estupidez em geral e em particular. Há ainda algo sobre as dificuldades de comunicação com os outros e com aqueles que amamos, e também sobre uma relação que é simultaneamente uma ligação intíma com alguém e algo que nos liga ao mundo. Assim como o medo de perder a tal ligação e o quão assustador pode ser estarmos presos (por um fio?) a esta.
Gosto desta questão da relação / ligação, e vou continuar a gostar mesmo que alguém me prove não tenha nada a ver com esta música.
Já agora, os versos que dizem You know I dreamed about you / for twenty-nine years before I saw you poderiam muito bem ser a melhor parte da canção, não fosse o infortúnio de:
a) eu ainda não ter 29 anos
b) haver estes:
I wanna hurry home to you / put on a slow, dumb show for you / and crack you up / so you can put a blue ribbon on my brain / god I’m very, very frightened / I’ll overdo it
A versão que toca aí ao lado foi gravada nas White Sessions.
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