Bruno Aleixo
A primeira vez que vi o vídeo da conversa do Bruno Aleixo com o Markl tive exactamente a mesma sucessão de sensações que tive quando vi os Gato Fedorento pela primeira vez e que não tive quando vi o Bruno Nogueira, o Nílton ou Mílton, ou lá o que é, o Marco Aurélio ou o Octaviano César ou o Aldo Redol, ou lá o que é, e sei lá mais não sei quem em todas as suas vezes recorrentes na televisão portuguesa.
Essa sucessão de sensações pode ser descrita da seguinte maneira. "O que é esta merda? Isto tem alguma piada. Mas quem são estes gajos? Devem ser uns labregos quaisquer. Foda-se, mas isto tem mesmo piada. Mas quem é que são estes gajos, caralho. Foda-se isto é genial, por que é que eu não pensei nisto, foda-se foda-se. Isto é genial!".
A ideia de criar um Ewok coimbrão chamado Bruno Aleixo, entretanto já falecido, com página no Hi5 e cliente assíduo do café do Aires, é, só por si, de um brilhantismo assustador. Parece-me que o alinhamento destes elementos cómicos (ewok, coimbra, bruno, hi5, café do aires) nunca mais será possível em algum outro momento do espaço contínuo cósmico. Infelizmente, também me parece que estamos perante indivíduos de extremo talento - algo que os outros vídeos dos GANA parecem confirmar.
Tudo é bom nestes quatro minutos e trinta e nove segundos. O diálogo, a caracterização efeito especial do ewok (que só peca por ter mais qualidade do que o cenário "real"), as reacções de "lá está este gajo com as merdas do costume não sei porque continuo a vir almoçar com ele" do Markl, mas, sobretudo, aqueles pormenores que distinguem a boa comédia do Vai Tudo Abaixo: o ritmo do texto, a precisão verbal, as subtis (para um ewok) mudanças de expressão e as reacções do Bruno Aleixo, os silêncios, o delivery, o modo como ele vai manipulando a conversa e a verosimilhança das sucessivas absurdidades com a realidade que faz um gajo pensar "pois é, também conheço alguns ewoks assim cretinos com sotaque de Coimbra", enfim, quase que vos estrago a peça com tanto sentimentalismo.
Essa sucessão de sensações pode ser descrita da seguinte maneira. "O que é esta merda? Isto tem alguma piada. Mas quem são estes gajos? Devem ser uns labregos quaisquer. Foda-se, mas isto tem mesmo piada. Mas quem é que são estes gajos, caralho. Foda-se isto é genial, por que é que eu não pensei nisto, foda-se foda-se. Isto é genial!".
A ideia de criar um Ewok coimbrão chamado Bruno Aleixo, entretanto já falecido, com página no Hi5 e cliente assíduo do café do Aires, é, só por si, de um brilhantismo assustador. Parece-me que o alinhamento destes elementos cómicos (ewok, coimbra, bruno, hi5, café do aires) nunca mais será possível em algum outro momento do espaço contínuo cósmico. Infelizmente, também me parece que estamos perante indivíduos de extremo talento - algo que os outros vídeos dos GANA parecem confirmar.
Tudo é bom nestes quatro minutos e trinta e nove segundos. O diálogo, a caracterização efeito especial do ewok (que só peca por ter mais qualidade do que o cenário "real"), as reacções de "lá está este gajo com as merdas do costume não sei porque continuo a vir almoçar com ele" do Markl, mas, sobretudo, aqueles pormenores que distinguem a boa comédia do Vai Tudo Abaixo: o ritmo do texto, a precisão verbal, as subtis (para um ewok) mudanças de expressão e as reacções do Bruno Aleixo, os silêncios, o delivery, o modo como ele vai manipulando a conversa e a verosimilhança das sucessivas absurdidades com a realidade que faz um gajo pensar "pois é, também conheço alguns ewoks assim cretinos com sotaque de Coimbra", enfim, quase que vos estrago a peça com tanto sentimentalismo.
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