quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Moda Óscar

Maggie Gylenhjaalasl surpreendeu tudo e todos com um elegante modelo Valentino em tons de azul e azulado. As faixas mais escuras realçam a bondade e a caridade de Gylenhaljaja, enquanto a boca da saia reforça as linhas do queixo e o sentido de humor escatológico da actriz. Já os bonitos brincos pérola disfarçam com sucesso a falta de habilidade de Gylenjahjahah para dançar Salsa.
Gwyneth Paltrow supreendeu tudo e algumas pessoas porque ninguém se lembrava de a ter convidado. A exposição prolongada a Fix You dos Coldplay é compensada pela cor de pagode chinês do batôn, enquanto o cabelo ligeiramente desarranjado junto à franja evoca a banda desenhada do Príncipe Valente.
Penélope Cruz apareceu na gala com cara de quem não sabe falar espanhol nem estacionar em espinha, o que foi um sucesso e terá supreendido todas e outras pessoas. O Versace que levou realça a extrema boa-educação das suas coxas, embora a cor dos braços de Penélope aludisse à erupção do Krakatoa, o que terá ofendido Sean Penn e Al Gore. O vestido terminou a noite numa discoteca de Los Angeles onde foi visto enrolado com uma carpete turca de Tom Cruise.

domingo, fevereiro 25, 2007

A ironia não é para qualquer um

Estava enganado quando achei que não tinhas sentido de humor. Espero que agora te estejas a rir.

Natureza

No sexo também tudo se transforma, e há pouco de novo.

Consolo

Há quem acredite que o mundo, o cosmos, o Universo, existe num equílibrio precário entre uma dicotomia de forças. Bem e Mal, Amor e Ódio, Energias Positivas e Negativas, Vida e Morte, Harmonia e Entropia, Eduardo Lourenço e Vera Roquette; mantêm o mundo, o cosmos, o Universo, num balanço que assegura a frágil existência de tudo.

Numa mesma linha de raciocínio esotérico a doutrina kármica explica que todas as nossas acções têm uma consequência que se reflecte em nós. Somos o Alfa e o Ómega daquilo que passamos aos outros, e aquilo que fazemos é-nos devolvido na mesma medida. Dá e receberás, acredita e acreditarão em ti, ama e serás amado; magoa e serás magoado, atraiçoa e serás traído, esquece e serás esquecido, mais ou menos isto. Em nome do equílbrio, apenas resta o consolo de que andem por aí alguns sacanas muito felizes.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

They mean business - Soulbizness ♪



Que escrever sobre uma banda (desculpa, é bom demais para ser simples projecto musical) de um amigo? Que escrever sobre uma boa banda de um bom amigo? Que os ingleses roubaram o soul aos americanos mas agora é a vez de Portugal trazer o soul de volta? Que Portugal tem o fado na alma mas os Soulbizness têm o soul no corpo?

Quando se metem amizades pelo meio temos de ter cuidado com todos os trocadilhos possíveis com soul e alma.

Este Strong Enough que aí vos toca é apenas uma amostra do que são capazes estes Soulbizess do Rodrigo (voz, baixo, guitarra e teclas) e do Campos (guitarra, baixo, programação e teclas), com raízes ligadas à Bica, embora ninguém saiba porquê.

Assim, e com manifestas dificuldades em conseguir explanar (o Rodrigo ficaria defraudado se eu não usasse uma palavra destas) o entusiasmo que os Soulbizness me provocam, faço minhas estas futuras palavras da imprensa internacional:

Sobre o single Strong Enough:

«Over an apparent bed of slick and clean production pounds a crude bassline and a jumpy guitar. Broken hearts abound, jealousy is exposed, guts spill all over the place. These guys mean business - Soulbizness.»

«The bass and the guitar compete against each other to see which one sounds cooler and groovier. Sorry guys, it's a close one, but the vocals win this one.»

«In the end, Strong Enough isn't as strong as it supposedly sings. There is Doubt, there is Love, there is Redemption a la Gospel style. It's a whole lotta Soul.»

Sobre os Soulbizess:

«We hear Soul. We hear Punk. We hear the golden age of Hip Hop. Yep, it's a big mess - and we love it».

«At certain points it sounded like I was listening to something out of the old century. I raised my hands and thanked the Lord: someone has to teach the indie kids how to groove.»

E caso ainda não tenham percebido - www.myspace.com/soulbizness.

sábado, fevereiro 17, 2007

Another Andre, a better one

in A beautiful revolution:

'Stuff in the air at 1 a.m.'

«Met a girl I used to know. Have a drink. Stuff in the air. Ask about her current fortune. She shakes her head. I light a cigarette and remember the past. Passionate. Car crash. Hanging on for both our lives. How about you, she asks. I shake my head. Lonely, she sighs, licking her pink glistening lips with the tip of her tongue. I nod. Stuff in the air.

I know what she's thinking. But it wouldn't work. She likes bastards. I wouldn't stand a chance. Broken in two. Torn to pieces. Sip my drink. Contemplate sleeping around. Ignoring her needs. Treat em mean. Pretend I don't give a fuck. Spend the day impressing mates. Ignore the phone calls. I know how to do it. I just don't like the rules. She licks her lips once more. I smile. She smiles. Stuff in the air.

I watch her reminisce. I gave her stuff. Stuff the bastards could never give. I made her feel. Really feel. I noticed the tiniest things about her. I made her question the reason she sleeps with six-foot shaven headed ice blocks that leave her crying on the floor. She smiles at me. I smile at her. Stuff in the air. Fucking hell.

Time to go. Just one more, she asks. Still playing with the possible maybes. I nod. Life. Politics. Teenage nightmares laying naked on the table. She is amazing. Fucking amazing. If only she knew. But she doesn't know. That's why she likes bastards. Treat em mean. Torn to pieces. Playing with fire. Stuff in the air. She smiles at me. I hold back the tears. Time to go. Time to go. »

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

'It's The Only Way To Be' ♪

Peço imensa desculpa mas uma Eventualidade de Carácter Cósmico impediu-me de fazer este post ontem. Ontem, dia 14 de Fevereiro, dia de S. Valentim, vulgo - Dia dos Namorados. O segundo dia do ano, a seguir ao Natal, mais vilipendiado por frases como «é um pretexto rídiculo para as pessoas fazerem o que não fazem no resto do ano» ou «é uma farsa capitalista». Continuo à espera que as pessoas que dizem estas coisas apareçam com presentes (não espero flores nem sexo, obrigado) sem nenhuma razão aparente, mas elas insistem em não o fazer, o que talvez seja compreensível.

Outra Eventualidade de Carácter Cósmico quis que ontem fosse dia para mudar a música que toca no blogue, coisa que não aconteceu devido à outra ECC (Eventualidade de Carácter Cósmico), mas que não impede que o faça hoje. Sendo que ainda estamos relativamente perto do Dia dos Namorados apetece-me pôr a tocar qualquer coisa que esteja relacionada com aquele amor bonito que implica fazer serenatas, levar pessoas a jantar fora, e esperar que não estejam menstruadas.

Uma canção de amor. Mas o grande problema com as canções de amor, é que as melhores canções de amor não são sobre o amor bonito. O amor bonito do tipo I Love You You Love Me não dá boas canções.

O amor do tipo I Love You But You Love Him And He Loves Your Mom ou You Are a Lying Self-Delluded Psychopath Please Don't Love Me Anymore já dá canções muito mais interessantes. Claro que não falamos de Dean Martin, porque Dean Martin já foi há dois anos.

No entanto, nem tudo está perdido. Em 1996, Stannard, Rowe, Adams, Chisholm, Halliwell, Bunton e Brown, escreveram um dos maiores hinos de todos os tempos ao amor bonito. 2 Become 1 será sempre a balada que resgatou uma geração da letargia cínica da década de 90, e é com enorme prazer e bondade que ponho aqui a tocar a sentida versão do hard-rocker
Paul Gilbert, mais um a alcançar a redenção através desta música.

domingo, fevereiro 11, 2007

Reacções - Agora vou ler o meu livro, não por ter alguma coisa a ver com isto, mas é Domingo, e já é tarde, e eu sou pela Vida, e votei Sim. Boa Noite

Reacções - Plataforma Não Obrigada

"Viva a Vida! Viva a Vida! Viva a Vida!".

Viva a vida, a vida votou sim.

Reacções - Gentil Martins

"O aborto não pode ter prioridade sobre o cancro".

E sobre as cefaleias?

Reacções - Reacções a Louçã

"A maioria dos Católicos votou sim", afirmou Louçã. Lobo Xavier critica e fala na Quarta Internacional. Há 84% de Católicos em Portugal, o raciocínio não é assim tão enviesado - embora seja escusado. Espero que continuem a falar da Quarta Internacional.

Reacções - Bloco de Esquerda

Terei sido o único a ouvir um piano a tocar depois da intervenção de Francisco Louçã?

Acho que foi um acorde maior.

Reacções - 'Retrocesso Civilizacional'

Como nos países dos bárbaros.


Bárbaros! Bárbaros loirinhos, mas bárbaros!

Reacções

Os dois lados batem palmas. Valha-nos Fátima Campos Ferreira.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Tear Us Apart ♪

Ian Curtis a agonizar um refrão com o verso Love Will Tear Us Apart ao lado de um baixo pulsante e sem complacências, acompanhado pela a guitarra que rasga a melodia ambígua dos sintetizadores - estamos perante óbvia grandeza musical e um primeiro parágrafo excessivamente adjectivado.

Talvez nem seja preciso falar da questão do paradoxo do refrão love will tear us apart. Pessoas de bem (e poetas, suponho) saberão que não se trata de paradoxo, mas, mesmo assim, sempre ouvi Love Will Tear Us Apart como a inevitabilidade de um tamanho amor que leva duas pessoas a conhecerem-se tão bem que atingem um ponto de ruptura. Há pouco tempo apercebi-me (é com frequência que me apercebo tardiamente de factos por demais evidentes, como haver um chocolate com nome de planeta/deus romano) que Love Will Tear Us Apart também pode significar a introdução de um elemento terceiro; que se torna num amor primeiro e despedaça o existente.

O único aspecto que não está contemplado nesta canção, no que toca a rompimentos destes, acaba por ser a mentira. Mesmo a
mentira sem amor, sobretudo essa, especialmente essa. Lies Will Tear Us Apart suponho, comporia o resto do quadro. Mas o Ian Curtis não estava para isso, e eu, sinceramente, também já não estou.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

É que já andava há algumas semanas a tentar dizer isto de forma estruturada e coerente

E, entretanto, aparece o Vasco Pulido Valente e escreve assim no Público:

Sim

«A actual lei portuguesa sobre o aborto não respeita aquilo a que os partidários do "não" costumam chamar "o valor absoluto da vida": admite o aborto em caso de violação, malformação fetal e grave perigo para a vida ou a saúde física ou psíquica da mãe.

A lei que resultará de uma vitória do "sim" também não vai "liberalizar" o aborto ou estabelecer o "aborto a pedido", como por aí se pretende, visto que não o permite a partir das dez semanas de gravidez. Fora isso, e para levar as coisas um pouco mais longe, podemos dizer que a pílula contraceptiva (que, na essência, é uma pílula abortiva) e a "pílula do dia seguinte", que manifestamente o é, deviam ser incluídas na campanha do "não" (como, de resto, acontece na doutrina católica); e que as "dez semanas", um prazo de uma certa arbitrariedade, deviam ser alargadas para, por exemplo, 12 ou 14 ou que fosse.

O mal do referendo está, e sempre esteve, no facto de que as pessoas nunca, ou quase nunca, discutem, informada e razoavelmente, os méritos da questão a voto e que depois nunca, ou quase nunca, votam sobre ela. Votam em nome de um princípio religioso, de uma ideologia ou de um sentimento. Se têm "razões", têm "razões" fabricadas para a circunstância, que não se aplicam, ou só com muito boa vontade se aplicam, ao problema em causa.

Pior ainda: o motivo mais comum para votar "sim" ou "não" é da relutância (ou o medo) de não seguir o grupo a que imaginariamente se pertence: a Igreja, a direita, a esquerda, a profissão ou a família. A "consciência" de que todos falam, e muita gente exibe, não passa disso. Ou, pelo menos, muitas vezes, não passa disso. De qualquer maneira, e apesar do alarido geral, a pergunta do referendo é limitada e concreta: quer, ou não quer, o eleitorado acabar com o aborto clandestino até às dez semanas de gravidez? Nada mais.

O "não", sem defender o regime presente, alega que esta medida irá aumentar e "normalizar" o aborto. E, para evitar esse perigo, aceita que milhares de mulheres paguem um preço de sofrimento e de humilhação (a maioria infelizmente por ignorância e miséria).

O "sim" prefere acabar com o mal que vê e pensar depois no mal que vier, se de facto vier. O referendo é um acto político, que se destina a mudar a sociedade (idealmente, para melhor) e não resolver um debate. Claro que, se o "sim" ganhar, o Estado, na prática, "oficializa" o aborto. Mas triste de quem espera do Estado uma fonte de legitimidade moral. Por mim, não espero. E voto "sim". »

Vasco Pulido Valente, in Público

Trendsetting

Depois de longa temporada em que sofreu severa discriminação de cariz pseudo-elitista, o ponto de exclamação volta em força em 2007! Sim, é verdade! Vejam, que estilo! Uau!





p.s. - mas a combinação saloia com o ponto de interrogação (ex. ?! ou !?) e a nauseante repetição (ex. !! ou !!!) ainda continuam out. Out!

4 noites

Há pessoas que nos passam ao lado, há pessoas que nos passam pela vida, há pessoas com quem partilhamos momentos de vida. E há pessoas que escolhemos para a vida.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Ah, mudar a música, pois, Sónia Tavares

Não se fala muito dos Gift. Fala-se? Onde? Eu não falo muito dos Gift. Raramente, talvez nunca, terei falado dos Gift. Aliás - The Gift - desculpem. Mas eu até gosto dos The Gift. Sim, de algumas coisas, dos The Gift.

No entanto, ainda mais importante: por que é que não se fala de Sónia Tavares? Insiste em falar-se de Scarlett Johansson, mas ninguém fala de Sónia Tavares. Poderá ser por causa da tatuagem, mas ainda assim não percebo. Talvez compreenda mas não perceba, ou não perceba nem compreenda, nunca entendi bem essa distinção. Portanto, ignore-se a tatuagem - falamos de Sónia Tavares.

Aliás, a partir de hoje, sempre que me falarem de Scarlett Johansson, responderei: "Sónia Tavares".

- Achas a Scarlett Johansson boa?
- Sónia Tavares.

- Gostaste de ver a Scarlett Johansson no Scoop?
- Sónia Tavares.

- Gostas mais da Scarlett Johansson em loira, em morena ou em camponesa do séc. XIV?
- Sónia Tavares.




Ahhh, Sónia Tavares. Fácil de Entender.
Nedstat Basic - Free web site statistics
Personal homepage website counter