quinta-feira, junho 29, 2006

Melhor SMS que recebi nos anos

Parabéns lapa. Estou aqui no teu sitio de eleiÇao do verao a constatar mais uma vez que aqui nao ha amor. AbraÇo

3:43 18-JUN-06

terça-feira, junho 27, 2006

Como dizia uma ex-namorada: «oh, those silly spaniards!»*

A capa do jornal espanhol Marca e um cartaz no estádio antes do jogo:




Zidane a fazer o 3-1 e a mandar a Espanha para casa, again:




*sim, ela era de Aguiar da Beira.

segunda-feira, junho 26, 2006

Ainda sobre creacionismo e evolucionismo

Duas maneiras de ver o mundo que também se podem aplicar à forma de encarar as relações amorosas.

Um «creacionista» acredita numa entidade pura que se forma sem explicações, em formas perfeitas de alma gémea ou amor à primeira vista, conceitos que perpetuam através de uma paixão (fé) quase incondicional aos outros ou a si mesmos.

Já os «evolucionistas» vêem uma relação como um processo de construção, feito de avanços e recuos (onde os avanços terão de superar sempre os recuos), e tentando acreditar que a felicidade reside em nos tornarmos melhores - e indispensáveis - aos olhos uns dos outros.

Os primeiros correm o risco de se apaixonarem por conceitos, e não por pessoas; mas o amor por um conceito que se tenta concretizar numa pessoa, com todas as limitações humanas, nunca poderá ser duradouro. Já os segundos podem ficar tão obcecados com a ideia de atingir a perfeição, que comprometem qualquer hipótese de felicidade, por causa de todas as limitações humanas.

O melhor mesmo deve ser não pensar sequer neste tipo de coisas.

sábado, junho 24, 2006

Kitsch is Beautiful

Acthung Bollywood



A tocar ali ao lado, Pascal Of Bollywood com La Vie En Rose. Esta senhora aqui em cima é Aishwarya Rai. Bom fim-de-semana.

quarta-feira, junho 21, 2006

Devia ter vergonha

De ter escrito uma coisa destas, ainda por cima num e-mail dirigido a alguém de quem gostei. Mas não consigo (ter vergonha), e é necessário notar que só tinha 25 anos na altura.

Lembro-me de algo relacionado com uma citação de Voltaire, que achei irritante e que falava da vida e de barcos:

"Os homens são como barcos, logo as mulheres serão barcas, neste oceano turvo e turbulento que é a vida. Não sei bem o que isto quer dizer, mas lembro-me de, em enfant, gostar de brincar com os meus barquinhos na banheira e exclamar bem alto: tut-tut-tut, allors ça va le barque sur le mer, tut-tut-tut!; enquanto minha mãe, Claudette, passava todo o tempo com uma baixela rocócó, que mais tarde vim a saber ser o meu pai biológico."

Voltaire, Paris 1767

Genial

Scolari conseguiu: ganhar três pontos, a liderança do grupo, ver a equipa construir dois lances de ataque minimamente organizados durante um jogo inteiro (contra um México a jogar ao ataque e, mais tarde, com menos um jogador), perceber que Portugal só tem um defesa digno desse nome, e que todos os suplentes são dignos da sua suplência. Mas com o tal «espírito de grupo» (e o Deco) é bom acreditar que podemos ir longe. Força Portugal!

Ruas e Acasos*


Acaso

No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.

A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.

Perco-me subitamente na visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.

Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.

Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por génio, se calhar,
Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!

Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?

Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;

E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade
Numa outra espécie de rua;
Porque todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se amanhã?

Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?

É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal...

Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isso é o mesmo também afinal.

Fernando Pessoa


*Adenda: Talvez possa interessar dizer que descobri este poema num daqueles momentos nocturnos de deixa-me-lá-abrir-a-antologia-pessoana-ao-calhas-e-ver-o-que-é-que-aparece. Mais um acaso, portanto.

terça-feira, junho 20, 2006

'A ferocious and implacable opponent of those who water the dark roots of superstition'

Lê-se em parte do parágrafo final deste artigo sobre os 30 anos da publicação do livro de Richard Dawkins, o Gene Egoísta.

A Richard Dawkins pode, por vezes, faltar a elegância de um Feynman, mas não deixamos de estar perante um dos mais estimulantes cientistas-escritores contemporâneos. Sobretudo porque se sente em Dawkins uma paixão enorme pela vida e só depois ( mas quase de forma indissociável) pela Ciência, que o leva a ser o tal «storyteller whose tale is true, and it’s a tale of the inexhaustible wonder of the physical world, and of ourselves and of our origins» de que fala o artigo.

Se os frequentes (e deliciosos) ataques de Darwin às religiões organizadas - e ao conceito de "Fé" - incomodam algumas almas mais "tolerantes" (com aspas), não podemos esquecer que do outro lado do Oceano Atlântico existe um país onde se inventou um "debate" (com aspas) entre uma coisa chamada "criacionismo" e outra chamada "evolucionismo".

Não querendo ignorar que o "evolucionismo" seria algo bem mais saudável se os cientistas sociais não se tivessem lembrado de encher papéis com teorias sobre "darwinismo social", ou outros desvarios ocasionais de "evolucionar" tudo e mais alguma coisa, ao ponto em que se acha possível aplicar contornos maniqueístas às teorias da evolução; a ideia de debater com alguém que acredita que o mundo foi criado em sete dias, sete anos, sete mil anos, whatever, só pode ter a resposta aconselhada por Stephen J. Gould a Richard Dawkins: «Inevitably, when you turn down the invitation, you will be accused of cowardice or of inability to defend your own beliefs. But that is better than supplying the creationists with what they crave: the oxygen of respectability in the world of real science.»

Dos 26 aos 27 - IV

Ou então ilusões. O que continua a ser bom.

Dos 26 aos 27 - III

A idade parece trazer confiança. O que é bom.

Dos 26 para os 27 - II

Mas acho que estou mais giro.

Dos 26 para os 27

Não noto assim grandes diferenças.

'StumbleUpon'

O conceito que define a minha vida amorosa nos últimos tempos.

A dúvida é angustiante, a certeza dolorosa.

segunda-feira, junho 19, 2006

Previously spammed on LOST!

27 anos e 1 dia

You gotta keep smiling.

sábado, junho 17, 2006


"Oh the night... here it comes again"
It's on with the jeans, the jacket and shirt
How'd I end up feeling so bad
For such a little girl

And I hold you close in the back of my mind
Feels so good but damn it makes me hurt
And I'm too scared to know how I feel about you now
La cienega just smiled... "see you around"

And I hold you close in the back of my mind
And raise my glass 'cause either way I'm dead
Neither of you really help me to sleep anymore
One breaks my body and the other breaks my soul

La cienega just smiles and waves goodbye

"Oh the night... here it comes again"
It's off with the jeans, the jacket and the shirt
How'd I end up feeling so bad
For such a little girl

And I hold you close in the back of my mind
Feels so good but damn it makes me hurt
And I'm too scared to know how I feel about you now
How I feel about you now

La cienega just smiles and says, "I'll see you around"

La Cienega Just Smiled, Ryan Adams - Gold

quinta-feira, junho 15, 2006

Cabrão do Velho

O Cabrão do Velho foi um projecto de blogue colectivo de 2004. Ficou-se por alguns meses de escassa actividade, pouco colectiva, e sem participação nenhuma da minha parte. Nunca consegui comprometer-me com blogues colectivos. A determinada altura foi «desactivado» pelo Blogger, nunca chegámos a perceber porquê. Há pouco tempo recebi uma mensagem a perguntar se queria reanimar o Cabrão do Velho, uma excelente notícia - não porque alguém tenha vontade de escrever no blogue - mas porque deu para recuperar um dos posts antigos que o António Maria, perdão, Cristóbal Besugo, se deu ao trabalho de escrever para o CDV.

Genialmente absurdo, completamente senil e cunhador da expressão inesquecível - «minha gandalfa».

Enjoy:

Xuripeta, minha gandalfa, vamos ao Fonte Nova comprar besúvios. Assá-los no forne, trrrim trrrim. Ai, ai ai, atende-me o telemóvel, não sei mesmo discar o código de bloqueio. Robert Duvall. Vamos discar juntos, estou velho mas o meu dedo ainda funciona, e sem dentes é tudo muito mais fofinho, arf arf. Eu não sei o que vocês chamam hoje em dia àquilo dos soutiens, no meu tempo não havia disso. Este é uma altura da história mesmo muy complicada, ai ai, podia mesmo chamar-se pisar em ovos moles. Ou limões. Já pisaram em limões moles? Então não podem discordar, vá, agora vão, vão para longe, que este velho quer bufar-se e vocês já não aguentam com um belo peido maduro. Arrastadeiras são os trapos. Por isso é que estou sempre a partir o maxilar repetidamente ao longo da HISTÓRIA! Marinheiros são nomestantivos apenas na galáctica batalha, prenhe de arroz de tomate. Meter na mesma sala um jeooooooov..em que não sabe o que diz, o que faz, o que diz, nem o que lhe foi faz, diz, fff, ttt, PI 315 é 31,4,0,32,3,,,,,,,0,314. Já nem as letras são iguais; ; dantes vivia na Mesopotância e era tudo bastante totalmente igual e diferente. Amai-vos a mim mesmo, e amem-me como amam a vossa mulher. Vou vidagar genitalmente Bétoven e todos os outros génitos.

C. Besugo.

Pessoas que se colam ao carro da frente na auto-estrada

O que passa na cabeça dessa gente:

«Estou cheio de pressa e preciso de ultrapassar este carro à minha frente. Para ele não ter dúvidas da minha real necessidade de urgência, vou colocar a parte dianteira do meu automóvel a 10 centímetros do pára-choques dele. Fazer isto a 130 km/h parece-me uma excelente e razoável ideia. Talvez se, ao longo da minha vida, eu tivesse sido estimulado a desenvolver as minhas capacidades de raciocínio e de intelecto eu percebesse o verdadeiro alcance da minha estupidez, mas não... enfim, o que é que se pode fazer - LOL!»

A solução para lidar com essa gente - demonstrada por Chuck Norris:



No caso de serem mulheres a abordagem é ligeiramente diferente:

segunda-feira, junho 12, 2006

Do Mentir

Diria que sou um mau mentiroso porque não gosto de mentir, e não o contrário. Por vezes até gostaria de ter a capacidade (arte?) de mentir bem, mas acho que para isso seria imprescindível o gosto - que não faço questão de adquirir.

Por outro lado, não sei o que faria sem o sarcasmo, a ironia e o cinismo; que, como é óbvio, só devem ser usados com bom gosto.

domingo, junho 11, 2006

Achtung Ska

Take on Me, clássico 80's dos A-ha, numa versão dos Reel Big Fish. Aí ao lado; pressione, reproduza-se, está calor.


Roma, 2003 - Indíviduo com corte de cabelo duvidoso ensaia pose ska

Jogador

Atleta

sábado, junho 10, 2006

Related Topics

Sobre determinado mail, a barra dos sponsored links do Gmail conclui:

Related Topics: Amor

O mail fala em coisas como "demo", "tentação" e "merda" (várias vezes), mas Amor não aparece em nenhuma linha.

Aparecerá?

E daqui a um dia é a final do Roland Garros

Mas daqui a uma hora começa o Inglaterra - Paraguai

The Colbert Report

quarta-feira, junho 07, 2006

Reacção habitual quando digo que não acredito em astrologia

«Típico de certos Gémeos».

Reacção habitual quando digo o meu signo do zodíaco



(Gémeos)

segunda-feira, junho 05, 2006

Jolly good news

Boas notícias: Alexandre Soares Silva estará na Casa Fernando Pessoa no dia 22 de Junho. Vai levar Powerpoint e, com sorte, fará uma dancinha da vitória no final.

Todos os dias acordo com a certeza angustiante de ter sido deslincado do blogue do Alexandre - o que não me surpreenderia. Por exemplo, depois de ler o post em que é citada a última página de "A History of Christianity", deu-me uma vontade enorme de substituir as palavras «Christianity», «God» e «Christ», no texto inteiro, por «Lionel Richie».

Ficaria qualquer coisa como isto:

«Certainly, mankind without Lionel Richie conjures up a dismal prospect. The record of mankind with Lionel Richie is daunting enough, as we have seen. (...) By such means our history over the last two millennia has reflected the efforts to rise above our human frailties. And to that extent, the chronicle of Lionel Richie is an edifying one.»

Desconfio que Lord Ass não aprovaria, mas isso não me impede de ir ouvir o que esse bloody good wordsmith terá para dizer. E mesmo que não mande construir uma casa para mim em Quaresmeiras Roxas, não faz mal - eu tenho um mapa.



As Francis Bacon put it: “They that deny Lionel Richie destroy man’s nobility".

Once a fanboy, always a fanboy (by default)

-----Mensagem original-----
De: André Lapa
Enviada: segunda-feira, 5 de Junho de 2006 2:13
Para: 'police@mailman.xmission.com'
Assunto: rock in rio 2006

Just got back from Sting at Rock in Rio,

Back to the basics: one bass, two guitars, and a bigass drum set (in every sense).

I think they probably played more Police stuff than solo Sting, including Next To You (going into Every Breath, right at the end), Voices Inside My Head, Driven to Tears… (some people on this list will be very happy :-)

They also did a great rendition of Why Should I Cry For You, which I never thought I’d hear live, and the Voices – When The World Is Running Down medley was amazing.

Great night!

Cheers from Portugal,
André

sábado, junho 03, 2006

Achtung Sting

Tree-hugging tantric yoga wanker?

Talvez.

Mas o homem já foi o King of Pain, e é uma espécie de tio (dizer pai talvez seja um bocado esticanço) do grunge - versos calmos, refrões à abrir: The Police, anyone, anyone?

E quem deixa uma banda no auge e segue uma carreira a solo onde grava com Gil Evans, Darryl Jones, John McLoughlin, Branford Marsalis, Vinnie Colaiuta, Omar Hakim, Dominic Miller, Manu Katché, Christian McBride, David Sancious, e de certeza que me estou a esquecer de alguém, ah pois é, ah pois é - eu ia concluir um raciocínio mas perdi-me logo no Vinnie Colaiuta.

A conclusão é mais ou menos esta: ainda bem que os The Police acabaram no auge para que o Sting pudesse entrar em declínio rodeado por alguns dos melhores músicos do jazz contemporâneo e, já agora, fazer alguns álbuns que musical e liricamente estão muitos grammies à frente de toda a outra Adult Radio Pop.

Naquela lista omitiu-se um nome: Kenny Kirkland. É pôr a tocar a música aí ao lado, esperar pelos 2:43 e ouvir o solo de piano. Não é preciso dizer mais nada. Última tournée de Kirkland com o Sting, em 1996, Houston. Isto não se compra nas lojas, meninos.


Kenny Kirkland (1955-1998) looking good
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