Só para confirmar

Depois de terem tido tempo de apreciar devidamente a citação de Mark Twain, escreverei um post sobre grandes momentos musicais. Subjectivos, claro, pouco exaustivos, é certo, desagradáveis para alguns, talvez.

Mas antes gostava de confirmar se apreciaram mesmo devidamente a citação de Mark Twain.

Vou escrever outra vez:


«Onde ela estava, estava o Éden».


E agora, no inglês original:


«Wheresoever she was, there was Eden».


Até a tradução portuguesa fica tão boa como o original. Fugiu ao pretensiosismo de tentar traduzir "wheresoever" por "onde quer que ela estivesse", ou qualquer coisa do género. Olhem, outra vez:


«Onde ela estava, estava o Éden».


Choraram? Não? Nem um bocado? Eu também não, mas eu não sou boa pessoa. Toda a gente devia chorar um bocadinho com esta frase. Pelo menos estremecer. O primeiro homem, a primeira mulher, o primeiro Amor. Uma vida difícil. Perder um filho daquela maneira, a expulsão do paraíso, a responsabilidade por toda uma linhagem de malfeitores, lunáticos e enviadores de spam mail que hoje habita a Terra. Nada fácil. Mas, no meio disto tudo, a ideia de nem Deus lhes ter conseguido tirar o Éden é reconfortante.

E no meio desta coisa que se chama blogosfera, isto também é reconfortante. Mas a blogosfera não é o Éden - deus nos livre.

Epitáfio de Eva por Adão

«Onde ela estava, estava o Éden.»

Mark Twain, Eve's Diary (1905)

[No Livro do Céu e do Inferno; J.L Borges e Bioy Casares]

Achtung Back

Não me apetece muito falar da semana de férias que tive, dos sítios que visitei, das horas que dormi, dos beijinhos na boca que dei, das noites que não dormi, dos arraiais em que dancei ou das boas gentes que conheci. No entanto, refiro de bom grado o entusiasmo que foi ter aberto a Mojo antes de apanhar o avião de regresso e descobrir que os Lambchop têm um novo álbum. Damaged.

A tocar, Prepared.

Achtung, baby.

Up, up and away

Vou ali e já venho. Quando voltar vamos ter de conversar.

Até lá, fica a tocar Trains to Brazil - the Guillemots.

A música deste Verão, se vivessemos num mundo ideal.

Cheers.

Explicações de Sinaléctica

Em caso de incêndio, um dos sinais mais populares no mercado, estabelece regras precisas e indispensáveis que devem ser seguidas em caso de - surpresa - incêndio!

São indicações elementares que visam assegurar a sua sobrevivência e evitar uma vida de sofrimento constante, ou até uma total ausência de vida (social e material).


No caso do leitor não estar entre os 2% da população mundial que possui uma inteligência superior (o meu caso), passarei a explicar em detalhe todas as implicações deste sinal.



Procedimento incorrecto:


Durante um incêndio não deverá, em caso algum, entrar num elevador com uma mulher.



Note:



Desde a Bíblia que as mulheres são reconhecidas pela sua estupidez e tendência para a tagarelice desapropriada. Esta combinação com um incêndio ser-lhe-à fatal (ver figura em baixo).




Procedimento correcto:


Em caso de incêndio deverá encontrar outro elemento do sexo masculino e pedir-lhe para correr consigo pelas escadas abaixo.



Atenção: não deverá avisar nenhuma mulher sobre este procedimento, já que está cientificamente provado que as mulheres possuem uma deficiência genética que não lhes permite correr de modo eficaz (ver figura em baixo).




Durante o caminho poderá estabelecer laços de afinidade masculina falando de desporto ou propondo a execução de jogos de carácter infantil (ver figura em baixo).




Se seguir estes procedimentos sobreviverá ao fogo e, com sorte, terá feito um bom amigo.

'First time'?

Hanging Lady: Nervous?
Ted Striker: Yes.
Hanging Lady: First time?
Ted Striker: No, I've been nervous lots of times.

(Airplane, 1980)

They say the backseat onanists shall inherit the Earth

«o futuro da “Geração Morangos” é bem palpável: anos, ou décadas, de fracasso, mediocridade e solidão. A propósito, ler com atenção a reportagem escrita por Maria Filomena Mónica na revista Atlântico deste mês.» Profetiza e aconselha o Palimpsesto.

Portanto vamos ler com atenção a revista Altântico deste mês (que parece compensar a perpétua esquizofrenia do tipo de letra da capa com uns enormes morangões), e depois de tentar perceber a lógica dos argumentos(?) de Maria Filomena Mónica, concluir que o futuro pertence aos masturbadores de banco de autocarro e às crianças que dialogam com os pais - duas características identificadas por MFM como fazendo parte da "Geração Morangos". Posto isto, o "retorno à barbárie" que conclui o texto soa a eufemismo.

É o horror. O horror disparado por balas mágicas em forma de morango, e que atinge pobres crianças que vão pensar que a vida tem cor de tutti-frutti e que um anão de óculos teria hipóteses de namorar com uma boazona liceal.

Depois há a questão que se debate no BLOGUE - Revista Atlântico, relativa à aposta do director da revista, Paulo Pinto Mascarenhas, de "transformar MFM na articulista flagship da revista"(no blogue Small Brother).

Há aqui dois pontos distintos: fazer uma capa com o título - Morangos Com Veneno - conheça os perigos da telenovela da TVI... - foi decididamente uma boa aposta, a julgar pela quantidade de pessoas que me pediram para ler a revista; agora, apresentar MFM como um "daqueles autores que não deixa ninguém indiferente: ou se ama, ou se odeia" (como diz PPM), é ir um bocado longe demais.

Às figuras que se extremam em parâmetros relacionais públicos como Amor ou Ódio, sejam autores ou não, do género Vasco Graça Moura, Vasco Pulido Valente, Ratzinger, José Mourinho ou Har Mar Superstar; reconhecem-se sempre talentos ou qualidades que se desviam de algum modo daquilo que é padrão ou mediania da inteligentsia socio-cultural. Não me parece que Maria Filomena Mónica se enquadre nessa categoria. Nem Jack Johnson.

Achtung Har Mar Superstar

Já que estamos no Verão, e no Verão tudo é suposto ser de Verão, ponho aqui a tocar uma música supostamente apropriada para o Verão.

DUI do senhor Sean Tillman, mais conhecido por Har Mar Superstar - a nasty, filthy, mean-spirited little man. He is Stevie Wonder's dark twin. He is the muddy sludge under Grandmaster Flash's turntable. He is absolutely delightful.

E quem não percebe o que é DUI - dialling under the influence - não percebe nada (embora às vezes possa ser melhor não perceber, excepto no Verão).

I've had a million DUI's,
That's how I always win the prize.
All the times I get denied,
There's a hot little baby by my side.
D! Is the dial your fingers dance.
Give it to me!
U! Under the spell of romance,
Can you hear me girl!
I! Is the dangerous influence,
I feel it!
Aaaaaaaaahhhhhhhhhhhh!
I'm the lonely man,
With a roaming plan

Aaaaaaaaahhhhhhhhhhhh!

Give it up for me

Because I'm fucking awesome. (HMS)

Ok, quem foi?

(no Google Earth)

Statement II

Nunca esquecer que este é um blogue intimista - mas sem incensos. Obrigado.

Statement

Nunca esquecer que este é um blogue de humor - and the joke is on me. Obrigado.

Hmmmmmmm

Georgia? Trebuchet? Georgia? Trebuchet?

Georgia georgia georgia georgia georgia georgia georgia georgia georgia, georgia?

Trebuchet trebuchet trebuchet trebuchet trebuchet trebuchet trebuchet, trebuchet?

Georbuchet?

Fora do Paraíso?

Quatro dias, cinco posts e apenas uma ligação.

Não sei quem é S., porque terá deixado de escrever (ou começado) e a razão do link solitário (provável engano) para este blogue; mas nunca o Achtung Baby foi tão especial na blogosfera.

Mais Ma-Schamba

José Pimentel Teixeira regressa com um «novo blog, exclusivamente dedicado a "coisas" de Moçambique». Aqui.

Ah, e temos livro.

Não desejo a morte de ninguém mas uma boa cabeçada no chão não faria mal nenhum a certas pessoas

«Thirteen years after the legendary confrontation over the theory of evolution between Bishop Samuel Wilberforce ("Soapy Sam") and Thomas Henry Huxley ("Darwin's bulldog"), Wilberforce died in 1873 in an equestrian fall. Huxley quipped to physicist John Tyndall, "For once, reality and his brain came into contact and the result was fatal."» (aqui)

«In the border war between science and faith, the doctrine of "intelligent design" is a sly subterfuge — a marzipan confection of an idea presented in the shape of something more substantial.» (aqui)

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