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Fuck Me If I Care, cheio da verve que se espera da juventude, entra para a cada vez mais pequena lista dos Amigos, Conhecidos e Onanistas Ocasionais.
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Hey City Zen! salta para os blogs que visito com mais frequência, tanto pela retribuição do link como pela descoberta do blog em si que, confesso, infelizmente ainda não conhecia. A blogosfera é um mundo particularmente sensível na questão dos links, tenho percebido, mas aqui fazem-se ligações àqueles que gosto e tenho tempo para ler. Existem, sem dúvida, grandes omissões. É uma questão de tempo e
getting a life.
No entanto é uma lista que se pretende em permanente expansão.
Umlink ao
quando-o-blog-BATE-MAIS-FORTE. Esperemos que o continue a fazer, meu caro RCP,um abraço.
Destaque também para a entrada do
Sinédrio, onde colabora um antigo
compagno de aventuras romanas: o Bernardo. Mesmo que a ligação pós-Roma não tenha sido a mesma, devido sobretudo a preguiça e outras coisas tontas, é sempre bom contactar com o ex-magliano, agora via internet. E não sendo particularmente estreita a partilha de pontos de vista, é interessante ir conhecendo o politólogo Bernardo Pires de Lima. Especialmente num blog estimulante como O Sinédrio, que já tem sido suficientemente elogiado por essa blogosfera fora. Outro grande abraço.
O Bernardo também colabora noutro blog que, embora não fazendo parte da minha lista de links, confesso que é um site que visito regularmente. Há qualquer coisa no
Acidental que me faz querer espreitar o que se vai lá escrevendo. O Acidental parece um clube de rufias de direita que embarcou numa espécie de missão de ser a alternativa de direita do
Barnabé. Nos primeiros tempos isso era mais vísivel, mas todas as semanas lá vem uma provocação ao site que tem não sei o quê diferente dos outros.
Sempre que o Acidental faz uma provocação vem-me à cabeça a imagem daqueles
upper class gentlemen, que praticaram boxe em Oxford ou Cambridge, e saltitam de um lado para o outro a mexer os punhos como se estivessem a girar um gramofone.
Isto acontecia mais nos tempos em que o Vasco Rato escrevia regularmente no blog. A imagem que eu tinha do Vasco Rato, de académico respeitável, construída a partir das suas esporádicas aparições televisivas (antes da invasão do Iraque) e dos relatos de amigos meus seus alunos, foi completamente destroçada pelo Vasco Rato blogger. Era peculiar a sua obsessão com o Barnabé, terminando a grande maioria dos posts com um "Então e o que é que vocês acham disto, hã? Viram as fotos das ADM que o Powel mostrou na ONU, hã?, digam lá! digam lá seus mequetrefes!". Isto sem referir as promessas da nudez na Baixa lisboeta (ainda estamos à espera).
Claro que o meu problema com o Acidental é não concordar com quase nada do que lá se diz. Mas eles têm piada. Parecem um gangue de putos a dar encontrões aos transeuntes para ver quem é que se quer meter com eles. Como neste
post recent em que incitam à polémica. Acho isso porreiro, a malta que lê blogs gosta é de boas polémicas.
E depois eles fazem contratações. A melhor, de longe, foram os cartoons de
miss Vitriolica. Quando conseguirem arranjar mais uns quantos colaboradores (os únicos requisitos são desprezar o Mário Soares e rir com o
Anacleto), talvez igualem a produção de posts diários do Abrupto, o que será notável.
Às vezes também são tipo os guardiões da direita blogosférica, sempre prontos para entrar em acção quando um "blog de direita" resolve pensar a política fora dos maniqueismos académicos das aulas de Ciência Política: "olha que não estás a dizer uma coisa de direita! O que é que se passa, não leste o teu Russel Kirk logo pela manhã?".
Isto irrita os bloggers de direita - algo que me agrada particularmente. Também gosto de ver bloggers de esquerda irritados, não pensem que não.
Este, por exemplo, caiu perfeitamente na armadilha. Chamar betos aos acidentais é algo de muito básico, o regozijo por aquelas bandas deve ter sido tremendo. Aliás, acho que essa é a única razão pela qual eles assinam com dois apelidos - é para irritar os complexados anarco-esquerdistas.
Outra das características do Acidental é a camaradagem. Sempre que alguém é atacado aparecem logo os outros a dizer coisas do género: "ó não sei quantos, ficas-te? aposto que esse gajo tem um carro branco e manda 'jocas' às amigas!"; ou "Ó pá não percas tempo com esse, descobri nos arquivos dele que há três meses ele diz que chorou a ver o Green Mile, granda mariquinhas!". E depois devem rir todos muito, e em privado partilham factos e anedotas dos totalitarismos (de esquerda ou direita) que devem ter sido as suas matérias preferidas quando estudaram História, e esperam pela próxima polémica que faça disparar as visitas ao site.
Ultimamente têm andando melindrados com ataques à Igreja Católica. É esse o ponto fraco de gente de bem: a religião. É a velha questão de que "com certas coisas não se brincam". Mas eu acho que eles até sabem que criticar uma instituição que tem uma agenda social (e política...), com um peso relevante na sociedade, faz parte de um exercício democrático que qualquer um pode, e deve, fazer. E que questionar e saber separar, essa instituição - que sendo composta e feita por homens é tão criticável como qualquer outra -, de convicções pessoais e espirituais é outro exercício que se recomenda.
Por exemplo, dizer que o Vaticano é uma Máfia não é bem dizer que acreditar em Deus é uma tonteria. A primeira premissa é provavelmente muito mais fácil de demonstrar.