sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Muito Bom, mas...


...atenção que pôr umas batidas sincopadas, uns sons foleiros de passarada e ondas do mar, enquanto se tiram do saco uns acordes com sextas e diminutas, não atira um conjunto de canções francamente boas para a categoria de Bossa Nova*.

E não é preciso, o disco é francamente interessante - embora com um dispensável sotaque francês -, grandes versões de grandes clássicos do punk, post-punk e early eighties scene. Eleva-se da mediocridade do "põe-lhe uma batida por trás e anda brincar com o pro tools, a malta da nova new age vai adorar".

E, já agora, quando o João Gilberto resolvia gravar clássicos ingleses, por que é que ninguém lhe dava com o violão na cabeça, e dizia: "ah João deixa lá essa puta dessa frescura e toca a Fotografia do Tom".

*embora, verdade seja dita, já há muito tempo que a categoria Bossa Nova declarou a abertura do ânus à sodomia em massa dos medíocres; o que não acontece neste disco.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Achtung, Jose! (v.1.2)


Entre rasgar camisolas e levar um pontapé no rabo, torna-se evidente que o Mourinho continua sem saber perder. Não se pede que ele goste de perder, ninguém deve gostar de perder, nem para miúdas giras (nobody loves a loser). Mas quem faz questão de ir diariamente alimentando uma imagem de "oh look at me I'm so special", mestre suntzuniano do jogo físico-psicológico, indomável cruzado do entendimento da metafísica do futebol; para quando perde comportar-se como um puto de 8 anos, que chora com uns calduços e uma fotografia da Samantha Fox, é rísivel. Mesmo quando se é genial, ou se faz por parecer. Na implacável imprensa inglesa já se especula se o Special Jose vai dar uma de Keevin Keegan. Na imprensa espanhola já se desmistificou o mito Mourinho. Se não tanto pelo resultado, que nem é muito desfavorável ao Chelsea, mais pelo comportamento descabido do treinador português.

Porque sim, nós gostamos do Mourinho. Nós até achamos que ele é mesmo especial. Especialmente idiota por vezes, mas em geral um treinador do caralho.

Aqui em Londres o Jose, perdão, o Chelsea, tem uma multidão de fãs portugueses. Há duas coisas particularmente apelativas no Mourinho. A primeira é que o homem percebe mesmo de futebol, e percebe de futebol de uma maneira científico-moderna que mesmo para leigos como eu é uma rajada de vento gelado dos pólos. A segunda é a uber-confiança do bicho. A antítese da "humildade" (sem dúvida um dos adjectivos que eu mais gostaria de ver arder numa bela fogueira de dois metros) portuguesinha; de saber o seu lugar no mundo, de reconhecer a inferioridade por razões estruturais ou não sei quê. Mourinho é um português com uma atitude, que não se intimida com Fergusons, Wengers e companhias. Um exemplo. Pena é que, no meio dessa negação da mesquinhez enfezada que tantos espécimes atinge, tenha havido uma transladação dessa característica para a deselegância com que se lida com a derrota. Mais do que deselegância, é quase uma patologia, e eventualmente poderá custar caro ao manager do Chelsea, e a qualquer clube que o contrate.

Por isso esperamos que o Jose se deixe de merdas, ganhe a final da taça Carling este fim-de-semana e dê a volta ao Barcelona daqui a três semanas.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Há neve para lá dos Pirinéus

Está um gajo a jantar com uma data de brites e ianques, a tentar disfarçar o seu provincianismo deslumbrado de nunca ter visto começar a nevar numa cidade grande, quando metade da mesa entra em histeria e saltita porta fora num entusiasmo infantil, de sorrisos e braços abertos.

Não há coolness que resista a um bom nevão.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Har har 'Irra'?

Os motherfuckers do blogger conseguiram fazer-me perder um post em que respondia a uma abordagem irrada do Pirata Fantasma. Forçado a andar pela prancha do conceito de básico, esgrimia-me da melhor forma que conseguia, alternando a ironia com a apolagética e a auto-flagelação com a complacência.

Até confessava não ter percebido a ironia dos posts do Acidental, que para uma mente (básica não, talvez limitada) como a minha, só me recordavam os tempos do Dominguez no Sporting, a meio das fintas e floreados já não percebia para "onde é que ele vai? o que é que ele quer fazer com isto?". Até admitia que o Pirata não caiu na armadilha, como me tinha parecido básica e superficialmente (devido às assustadoras pounds com que me bato diariamente na internet ao minuto), mas sim saltou temerário ao seu encontro, munido apenas da sua ironia bem cerrada entre os dentes.

Tudo perdido.

Até dizia que o Pirata não tinha percebido a minha intenção, não por falha sua, é óbvio, mas pelo simples facto de que o tentei usar como uma metonímia. Até reconhecia que não se devem metonimizar Piratas. E dei como exemplo Sidney Smith, que em 1734 tentou usar um pirata para provar que a Terra era na verdade um quadrilátero polimétrico com arestas rugosas. Até ponderei dedicar um haiku ao Pirata Fantasma, titulado genialmente de "Haiku ao Pirata Fantasma".

Tudo fucked up pelo blogger.

Até admitia a minha transformação de exterminador de básicos em exterminador básico, com a única saída possível que essa mudança me deixava: candidatar-me à liderança do CDS/PP.

E fazia uns chistes com a questão da pseudonomia e essas merdas, que de repente se tornaram importantes, vá-se lá saber porquê.

Mas o blogger é bom e deu-me esta segunda oportunidade. Só que agora tenho de ir trabalhar.

André (a pensar em mudar para o pseudónimo Iliketinytitties)

And there you go...

domingo, fevereiro 20, 2005

Os sinais do apocalipse? (ainda em projecção)

O Bloco de Esquerda pode igualar os deputados do CDS?
O Luís Delgado na rádio a criticar os governos PSD por "terem mentido"(sic)?
Setenta por cento de afluência às urnas?
O regresso do Jorge Coelho?

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Let the (mind) games begin

E o que terá acontecido às Pintarolas?

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Q&A on the Night Bus


3:00 da manhã.
Estende o dedo e inclina a cabeça na minha direcção. Arregala os olhos e arreganha a bocarra, donde disparam dois incisivos mal cortados. Abre a boca sem que saia nenhum som por dois longos segundos, que pareciam um jogo da Grécia no Europeu (doloroso de ver e manoliveiresco na passagem do tempo). Sou bafejado por um cheiro a cachorro quente de carro ambulante. Podia ser pior.

Percebo que vem aí conversa. O tipo tem um ar destrambelhado e um olhar alucinado. É melhor tirar os headphones.

«Ya know how long I been waitin’ fer dis bus?»

Começam as dúvidas sobre o que devo ou não responder.

«er…»

«Two hours. Twooooo fooooookin houuuuuurs.»

E agora? Rio? Falo mal do sistema de transportes? Critico o mayor londrino e a campanha back the bid? Explico-lhe que em Portugal temos o Santana Lopes como primeiro-ministro?

«er… yes, that’s just wrong…»

«Twooooo houuuuurs.»

Continuo a acenar.

«Twoooo foooookin’ houuuuurs. An’ya know - they tried to arres’ me.»

Agora a coisa torna-se ligeiramente interessante.

«Really?»
I guess they should have, because you are evidently a nutter.

«Yeah… They wanned to put'em handcuffs on me…»

«Er… that’s just wrong…»
And why didn’t they? And what the fuck is this smell?

«But ya know what I said’em? I said’em: you cannot judge me. I am not bound by your laws!» Os olhos arregalam ainda mais, e acompanha uma pausa dramática.

«Yes… Of course…»
Oh my, this is really going somewhere interesting now.

«Cuz you know, I only answer to the ooooone authority!»

Aqui, claro, para não fugir à previsibilidade da coisa, ele olhou e apontou mesmo para os céus.

«An’I tol’em: when judgement day comes, we’ll all be judged. And you will be judged fer this. And they knew what I mean. They KNEW what I mean. Do YOU know what I mean?»

«er… yeah… of course I do»
er… that you probably are a psychopath who believes himself to be the avenging son of fire of the Almighty God’s word or something? And that probably someone on this bus is going to get ‘saved’ tonight - meaning whacked - and it might be me?»

Acho que neste momento consegui arregalar os olhos ainda mais do que o "Filho Vingador". Tive direito a uma palmadinha nas costas e Aquele-Que-Não-É-Regido-Pela-Lei-Dos-Mortais subiu para o andar de cima.

Nos headphones a música continuava a tocar…
Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída
Como é por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce e começa a morrer
Depois da chegada vem sempre a partida
Porque não há nada sem separação

Sei lá,
Sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá,
Sei lá
A vida tem sempre razão.

A gente nem sabe que males se apronta
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
E o sol que desponta tem que adormecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não

Sei lá,
Sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá,
Sei lá
A vida tem sempre razão.

(Vinicius e Toquinho)

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Blogsurfing, bloglinking e o je ne sais quois d' O Acidental

O Fuck Me If I Care, cheio da verve que se espera da juventude, entra para a cada vez mais pequena lista dos Amigos, Conhecidos e Onanistas Ocasionais.

O Hey City Zen! salta para os blogs que visito com mais frequência, tanto pela retribuição do link como pela descoberta do blog em si que, confesso, infelizmente ainda não conhecia. A blogosfera é um mundo particularmente sensível na questão dos links, tenho percebido, mas aqui fazem-se ligações àqueles que gosto e tenho tempo para ler. Existem, sem dúvida, grandes omissões. É uma questão de tempo e getting a life.

No entanto é uma lista que se pretende em permanente expansão.

Umlink ao quando-o-blog-BATE-MAIS-FORTE. Esperemos que o continue a fazer, meu caro RCP,um abraço.

Destaque também para a entrada do Sinédrio, onde colabora um antigo compagno de aventuras romanas: o Bernardo. Mesmo que a ligação pós-Roma não tenha sido a mesma, devido sobretudo a preguiça e outras coisas tontas, é sempre bom contactar com o ex-magliano, agora via internet. E não sendo particularmente estreita a partilha de pontos de vista, é interessante ir conhecendo o politólogo Bernardo Pires de Lima. Especialmente num blog estimulante como O Sinédrio, que já tem sido suficientemente elogiado por essa blogosfera fora. Outro grande abraço.

O Bernardo também colabora noutro blog que, embora não fazendo parte da minha lista de links, confesso que é um site que visito regularmente. Há qualquer coisa no Acidental que me faz querer espreitar o que se vai lá escrevendo. O Acidental parece um clube de rufias de direita que embarcou numa espécie de missão de ser a alternativa de direita do Barnabé. Nos primeiros tempos isso era mais vísivel, mas todas as semanas lá vem uma provocação ao site que tem não sei o quê diferente dos outros.

Sempre que o Acidental faz uma provocação vem-me à cabeça a imagem daqueles upper class gentlemen, que praticaram boxe em Oxford ou Cambridge, e saltitam de um lado para o outro a mexer os punhos como se estivessem a girar um gramofone.

Isto acontecia mais nos tempos em que o Vasco Rato escrevia regularmente no blog. A imagem que eu tinha do Vasco Rato, de académico respeitável, construída a partir das suas esporádicas aparições televisivas (antes da invasão do Iraque) e dos relatos de amigos meus seus alunos, foi completamente destroçada pelo Vasco Rato blogger. Era peculiar a sua obsessão com o Barnabé, terminando a grande maioria dos posts com um "Então e o que é que vocês acham disto, hã? Viram as fotos das ADM que o Powel mostrou na ONU, hã?, digam lá! digam lá seus mequetrefes!". Isto sem referir as promessas da nudez na Baixa lisboeta (ainda estamos à espera).

Claro que o meu problema com o Acidental é não concordar com quase nada do que lá se diz. Mas eles têm piada. Parecem um gangue de putos a dar encontrões aos transeuntes para ver quem é que se quer meter com eles. Como neste post recent em que incitam à polémica. Acho isso porreiro, a malta que lê blogs gosta é de boas polémicas.

E depois eles fazem contratações. A melhor, de longe, foram os cartoons de miss Vitriolica. Quando conseguirem arranjar mais uns quantos colaboradores (os únicos requisitos são desprezar o Mário Soares e rir com o Anacleto), talvez igualem a produção de posts diários do Abrupto, o que será notável.

Às vezes também são tipo os guardiões da direita blogosférica, sempre prontos para entrar em acção quando um "blog de direita" resolve pensar a política fora dos maniqueismos académicos das aulas de Ciência Política: "olha que não estás a dizer uma coisa de direita! O que é que se passa, não leste o teu Russel Kirk logo pela manhã?".

Isto irrita os bloggers de direita - algo que me agrada particularmente. Também gosto de ver bloggers de esquerda irritados, não pensem que não. Este, por exemplo, caiu perfeitamente na armadilha. Chamar betos aos acidentais é algo de muito básico, o regozijo por aquelas bandas deve ter sido tremendo. Aliás, acho que essa é a única razão pela qual eles assinam com dois apelidos - é para irritar os complexados anarco-esquerdistas.

Outra das características do Acidental é a camaradagem. Sempre que alguém é atacado aparecem logo os outros a dizer coisas do género: "ó não sei quantos, ficas-te? aposto que esse gajo tem um carro branco e manda 'jocas' às amigas!"; ou "Ó pá não percas tempo com esse, descobri nos arquivos dele que há três meses ele diz que chorou a ver o Green Mile, granda mariquinhas!". E depois devem rir todos muito, e em privado partilham factos e anedotas dos totalitarismos (de esquerda ou direita) que devem ter sido as suas matérias preferidas quando estudaram História, e esperam pela próxima polémica que faça disparar as visitas ao site.

Ultimamente têm andando melindrados com ataques à Igreja Católica. É esse o ponto fraco de gente de bem: a religião. É a velha questão de que "com certas coisas não se brincam". Mas eu acho que eles até sabem que criticar uma instituição que tem uma agenda social (e política...), com um peso relevante na sociedade, faz parte de um exercício democrático que qualquer um pode, e deve, fazer. E que questionar e saber separar, essa instituição - que sendo composta e feita por homens é tão criticável como qualquer outra -, de convicções pessoais e espirituais é outro exercício que se recomenda.

Por exemplo, dizer que o Vaticano é uma Máfia não é bem dizer que acreditar em Deus é uma tonteria. A primeira premissa é provavelmente muito mais fácil de demonstrar.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Brilhante

Quando se vai a um jantar de portugueses, num restaurante português, numa "zona portuguesa", no estrangeiro; habilita-se a muita coisa. Mas o que acabei por presenciar estava bem para lá de qualquer expectativa que pudesse ter. Entre pastéis de bacalhau, espetadas de tamboril, Sport TV e pudim flan... I bring to you: the one and only - Mister Gay.

A minha homenagem à Irmã Lúcia

(Ler ao som de Like a Virgin - Madonna)

I made it through my innocence
Somehow I was forced through
Didn't know that I was lost
Till' they told me I saw you

I was meek and unfit
I'd been had, I was small and sad
But you made me feel
Yeah, you made me feel
Older and blue

I saw a virgin
Saw it on the Iria blue sky
I saw a virgin
When I was out with
some mates o'mine

Gonna give you all my love, mary
My fear is fading at last
Been saving it all for you
lock me in a convent fast

You're so fine and you shine
I'm not wrong, cos' they told me so
Oh your love locked me up
Yeah, your love locked me up
Now I'm sacred and old

I saw a virgin
I saw it on the Iria blue sky
I saw a virgin
When I was out with
some mates o'mine

Maryyyyyyy, Maryyyyyyy, Maryyyyyy

You're so fine and you shine
I'll be locked up 'till the end of time
Cause you made me feel
Yeah, you made me feel
I should have lied

I saw a virgin
Saw it on the Iria blue sky
I saw a virgin
When I was out with
Some mates o'mine

I saw a virgin, ooh, oohh
I saw a virgin
Feels so pope-y inside
When you hold me, lock me, and throw away the key

Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Ooh, mary
Thanks for finally setting me free,
For the very first time?


Até os últimos dias da sua vida a Irmã Lúcia permaneceu desconfiada da estabilidade da plataforma da versão 7.0 Beta do MSN Messenger.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Só lê quem quiser

(...)
«What worries me is the hum of panic that I sense underneath the public ordinance, a panic engendered by a cult of health that's taken so many forms over the past 30 years that it's become the single religion of much of Western society.

You run across it everywhere: in our preoccupation with diet and exercise; the endless ads in the media - in the US at least - promoting new drugs for an increasing number of exotic diseases; and the inclination to turn all eccentric behaviour into a 'syndrome' that can be treated medicinally.

While none of these is alarming in itself, they add up to a new Puritanism that turns the old paradigm on its head: now instead of tempting the Fates by being bad, we put all our efforts into being good.

If smoking was about being grown up, the new Puritanism is about being a perpetual child, and living in a protected world that has never existed except in fantasy.»
(...)

Dia dos Namorados(?)

E quando o problema deixa de ser a falta de ideias e começa a ser ideias a mais?

Ou então - how far...

sábado, fevereiro 12, 2005

De Portobello Market para o Bairro Alto

Com um abraço especial para o GrandMaster Clash.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Só a mim...?

Uma das expressões que a populaça usa com frequência é: "só a mim é que isto acontece". Isto quando se perdem autocarros, se recebe uma factura da TV Cabo com erros mais flagrantes do que o costume, ou se constata que a embalagem discreta da encomenda do mais recente vibrador não é assim tão discreta como isso.

Claro que, para não variar, o reles mortal está enganado: esse tipo de coisas acontece a toda a gente, e com bastante frequência. O comum elemento da plebe gosta de se sentir único no mundo, sobretudo na desgraça; mas não é.

Por isso é que me conforta saber que não devo ter sido a única pessoa que hoje de manhã, ao fazer a barba à pressa (e com alta taxa de sonolência no sangue) acidentalmente cortou um mílimetro de uma das auréolas(?) nasais, e teve de fazer vinte minutos de transportes públicos com um mísero lenço de papel encostado ao nariz. Entre um gajo com um lenço encostado ao dito, e um gajo que pingava uma míseras gotículas de sangue (ao menos que fosse uma ferida a sério, de homem!) do rebordo nasal, optei pela versão do lenço.

Outras coisas: há uma série de links e referências que tenho de retribuir, e que continuam a ser adiadas. Não ter acesso contínuo há net é um pouco contrablog-natura, embora tenha vantagens de outra natureza. Também acredito ser capaz de escrever sobre coisas mais engraçadas (não digo interessantes porque é sexta-feira e não há qualquer tipo de relação) do que cortes no rebordo nasal, mas ultimamente não tenho tido muito tempo para transformar os posts embrionários brilhantes, em posts medíocres no blog. Trato disso em breve. Aos amigos que têm deixado e-mails via blog, agradeço sinceramente as palavras/apoio e prometo resposta em breve. Gotta go... cheers!

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Yeah, baby

GREAT AMERICAN NUDE

Osama Bin Laden por Hassan Musa, artista sudanês, actualmente na Hayward Gallery de Londres, durante a exposição Africa Mix.

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Oh my, oh my, pretty good stuff, you know?

Check it out:

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Só num país civilizado?

Uma festa, organizada por uma multinacional de cosméticos, num dos mais respeitados museus de Londres - o Victoria & Albert. No átrio principal dançava-se um pastiche na linha dos 2manydjs, bebia-se cerveja e vinho, galavam-se pessoas; e exibiam-se máscaras, que iam desde a caixa de Corn Flakes enfiada na cabeça ao mais elaborado traje estilo dandy. A party estendia-se pelo museu fora, onde qualquer um podia ignorar esculturas do Bernini e Canova, e o mulheredo se entretinha a decorar máscaras com brilhantes e missangada variada.

Óbvio que festa em museu não é festa sem a habitual sala onde se pode aprender a dançar o cha cha cha; ou ainda ir até o outro salão que alternava a música ao vivo com sessões de striptease.

Claro que às 10 da noite a festa acabou, obrigando centenas de pessoas que se estavam a divertir num museu a ir embora. Selvagens...



Needle me this

Quando disseram que me iam mostrar o monumento mais antigo de Londres, pensei logo na Rainha Mãe, o que - admito - foi uma parvoíce, porque a senhora morreu há cerca de três anos.



Cleopatra's Needle




The Queen Mother

terça-feira, fevereiro 01, 2005

A diferença

Entre um momento bom e um momento feliz?
Os momentos felizes levam-se para casa.
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