Tree-hugging tantric yoga wanker?
Talvez.
Mas o homem já foi o King of Pain, e é uma espécie de tio (dizer pai talvez seja um bocado esticanço) do grunge - versos calmos, refrões à abrir: The Police, anyone, anyone?
E quem deixa uma banda no auge e segue uma carreira a solo onde grava com Gil Evans, Darryl Jones, John McLoughlin, Branford Marsalis, Vinnie Colaiuta, Omar Hakim, Dominic Miller, Manu Katché, Christian McBride, David Sancious, e de certeza que me estou a esquecer de alguém, ah pois é, ah pois é - eu ia concluir um raciocínio mas perdi-me logo no Vinnie Colaiuta.
A conclusão é mais ou menos esta: ainda bem que os The Police acabaram no auge para que o Sting pudesse entrar em declínio rodeado por alguns dos melhores músicos do jazz contemporâneo e, já agora, fazer alguns álbuns que musical e liricamente estão muitos grammies à frente de toda a outra Adult Radio Pop.
Naquela lista omitiu-se um nome:
Kenny Kirkland. É pôr a tocar a música aí ao lado, esperar pelos 2:43 e ouvir o solo de piano. Não é preciso dizer mais nada. Última tournée de Kirkland com o Sting, em 1996, Houston. Isto não se compra nas lojas, meninos.
Kenny Kirkland (1955-1998) looking good